Ex-secretários 'fantasmas' devem responder por peculato após furto

Vestidos com lençóis, eles furtaram itens da prefeitura de Novo Gama.

 

O ex-secretário municipal de Transportes, Carlos Alarcom Cartaxo Martins, e Adriano Marques Tavares, que comandava a pasta de Desporto, Lazer e Turismo, devem ser indiciados por peculato por furtar a Prefeitura de Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal, vestidos de fantasmas. Segundo a Polícia Civil, Adriano disse em depoimento que queria "assustar o vigilante" e "levar uma recordação" da prefeitura.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Felipe Guerrieri Barbosa, o inquérito ainda está em andamento com depoimentos, mas a Polícia Civil já tem elementos para indiciá-los. "Todos os elementos indicam a autoria do crime. Eles vieram à delegacia, confessaram a situação e, além disso temos câmeras e outros depoimentos. Vamos dar continuidade ao inquérito, mas o resultado disso não será menos do que o indiciamento pelo crime de peculato", afirmou.

Os dois se apresentaram à polícia na segunda-feira (9). Um deles admitiu informalmente o crime e o outro confessou em depoimento. Como não houve flagrante, ambos foram liberados em seguida. Câmeras de segurança flagraram a ação no prédio do administrativo.

Crime
O caso aconteceu na madrugada do Ano Novo. De acordo com o delegado Fellipe Guerrieri, responsável pelo caso, Carlos admitiu, informalmente, a situação, mas ficou em silêncio em sua oitiva. Já Adriano confessou e deu sua versão sobre o que aconteceu.

"Ele afirmou que, em razão das festividades, ingeriu muita bebida alcoólica e quando estava passando perto da prefeitura com o Carlos, resolveu passar e assustar os guardas. Afirmou ainda que como entraram sem ser percebidos, resolveram levar uma 'recordação', no caso, uma impressora", disse o delegado.

Após entrarem normalmente no edifício onde tinham acesso, eles arrombaram a porta de uma sala e levaram o aparelho. A polícia constatou que outra impressora e mais dois computadores foram levados, fato negado por eles.
O guarda que estava trabalhando na unidade já foi ouvido e alegou que não viu a dupla no local. Guerrieri destacou que ainda vai ouvir outras duas testemunhas do caso nos próximos dias. Somente depois disso, vai decidir sobre o andamento da investigação.