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"Daria a minha vida pela dela", diz marido suspeito de matar a própria mulher

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"Daria a minha vida pela dela", diz marido suspeito de matar a própria mulher

Por: Sites da Web

Mãe e irmãos da vítima acusam o marido, já filhos do casal e suspeito afirmam que foi suicídio

Uma família dividida após a morte de uma mulher: de um lado o marido e os filhos de Lícia Maria e do outro a mãe e os irmãos da professora. Lícia morreu no município de Tucano, no interior da Bahia, e a família dela acusa o marido, Antônio Carlos Bittencourt, de ter cometido o crime, já o homem e os filhos do casal dizem que ela sofria de depressão e se suicidou.

Antônio Carlos ficou preso por seis meses e está em liberdade por meio de um habeas corpus. Ele afirma que a mulher estava com problemas de depressão desde que o pai morreu e teria se enforcado. Ele conta que sempre se deu bem com a família da mulher e tinha uma relação muito boa com a sogra, a quem tinha como mãe, e nega que tenha matado a mulher.

— Nunca faria isso com qualquer pessoa, muito menos com a minha esposa. Eu nunca trisquei um dedo sequer nela. Eu preferiria dar a minha vida a tirar a vida dela. Sou sincero, daria a minha vida pela vida dela.

Antônio e Lícia se conheceram quando ela tinha 15 anos, após três anos de namoro eles se casaram, tiveram dois filhos e viveram juntos por 30 anos. O marido e os filhos contam que sempre perceberam um comportamento estranho de Lícia, que tinha a autoestima baixa e começou a se tratar com um psicólogo após ser vítima de três assaltos na relojoaria da família.

O casal morava ao lado da casa da mãe de Lícia e, quando Antônio Carlos encontrou a mulher com ferimentos no pescoço, pediu socorro a sogra para levá-la ao hospital, mas Lícia não resistiu. Na unidade de saúde, os médicos desconfiaram das marcas no pescoço e o corpo foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal). Antônio foi preso no velório sob a suspeita de ter matado a mulher, mas, a princípio, nem mesmo a família da vítima acreditou na hipótese.

Dona Amaria José Araújo, mãe da professora, começou a desconfiar do genro após uma conversa dias após o enterro. A sogra conta que Antônio pediu para ela mentir e dizer que viu o corpo da filha pendurada para confirmar o suicídio.
A filha do casal, Ana Carla Bittencourt, diz que nunca houve problemas entre os pais. O filho, Mateus Bittencourt , conta que a mãe estava em depressão e não queria sair de casa, apesar das inúmeras vezes em a chamavam para sair e viajar. A família de Lícia tenta barrar na Justiça o direito dos filhos à herança deixados pela mãe, o que piorou o clima entre as duas partes. Eles afirmam que Antônio Carlos sempre teve interesse pelos bens herdados por Lícia. O homem nega ter se casado por interesse. Ana Carla afirmou não entender o motivo da família da mãe acusar o pai de ter cometido o assassinato.

— Eu não sinto ódio, mágoa. Só quero entender, porque eles sabem a verdade, sabem o que aconteceu. O promotor Davi Galo afirma que Lícia foi assassinada e diz que a prova do processo é toda técnica.

— Era impossível a morte ter ocorrido da forma que ele disse. Ele simulou, armou um circo que não teria como matar ninguém. As lesões produzidas no pescoço da vítima são típicas de esganadura, nunca de um enforcamento. O advogado rebateu as acusações do Ministério Público. Para Fabiano Pimentel não há provas que incrimine Antônio Carlos e ele diz que as perícias demonstram que foi suicídio.

— O MP não conseguiu demostrar qual foi o motivo do crime, as testemunhas foram claras em dizer que não havia desentendimento entre eles. O MP não prova qual foi o instrumento utilizado, que teria sido utilizado, para o cometimento de um homicídio. Há fortes indícios no processo de que ela sofria de depressão, o pai já tinha cometido suicídio nas mesmas condições efetivamente que ela.

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