Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Polícia

/

<b>Professor de 72 anos é morto na porta de casa durante assalto</b>

Polícia

Professor de 72 anos é morto na porta de casa durante assalto

Por: Sites da Web

Aposentado entrou em luta corporal com bandidos.

Familiares do professor aposentado Odi de Jesus Mendes, 72 anos, morto a tiros na noite deste domingo (21), na porta de casa, no bairro de Itapuã, acreditam que ele reagiu ao assalto. A esposa de Odi, a assistente administrativa Cristina Sales, 53, disse que o marido deve ter esboçado uma reação. "Me contaram que ele lutou com um dos bandidos, eu acredito que ele reagiu. Ele tinha um senso de justiça muito grande, falava sempre que o mundo estava assim porque as pessoas aceitavam perder as coisas, mas ele não aceitaria", contou, emocionada.

Os bandidos deram dois tiros na vítima e fugiram levando o carro, um Punto Prata, com placa NTZ 0919. O veículo, que pertencia a um dos filhos de Odi, foi encontrado na manhã desta segunda-feira (21), no bairro de Cajazeiras.

Pai de quatro filhos, Odi era natural de Manaus, no Amazonas, mas se mudou para Salvador há mais de 40 anos, com parte da família. Abalados, familiares e amigos se reuniram na casa do aposentado esta manhã. Odi era professor de Educação Física do Colégio Estadual Lomanto Júnior, também em Itapuã, e exerceu a profissão por mais de 30 anos. Apaixonado pelo ofício, ainda mantinha contato com os ex-alunos.

"Meu pai era muito alegre, até hoje tinha até hoje ligação com os alunos, mantinha um grupo no WhatsApp só para manter esse contato. É uma dor muito grande", contou o filho do aposentado, o também professor Gil Marcone Mendes, 33.

Gil, que é filho do primeiro casamento de Odi, relatou que o pai tinha uma relação muito próxima com os filhos. "Eu me tornei professor de Educação Física por influência dele. Estava com ele no sábado, passei o dia aqui e depois fui para casa. Além de mim, tenho um irmão mais velho, e outros dois do casamento atual, que moral em São Paulo e Manaus. Ele era muito alegre, gostava de fazer as caminhadas na orla, muito ativo", disse.

Embora fosse casado, o aposentado alugou uma casa e passou a morar sozinho em Itapuã há cerca de 3 anos. Conforme familiares, a rotina se resumia às caminhadas na orla e aos jogos virtuais. "Ele não abria mão de se exercitar. E adorava os joguinhos no computador. Passava horas jogando", lembrou a esposa.

O crime
Casada com o aposentado há 10 anos, Cristina contou que o marido passou o dia em casa reunido com amigos e familiares em casa, na Rua Senhor do Bonfim, atrás do Colégio Estadual Rotary. No final da noite, por volta de 21h, ele foi levar um amigo em casa, em Nova Brasília de Itapuã, próximo a seu endereço. Ao descer do carro para abrir a porta da garagem de casa, foi abordado por dois homens em uma moto.

Testemunhas contaram à família que o aposentado entrou em luta corporal com um dos bandidos. O comparsa, então, fez dois disparos contra Odi, que morreu no local. Uma vizinha estava chegando de Uber no momento do crime, mas o motorista recusou a entrar na rua por conta dos tiros. "Só tive a reação de ficar parada, ouvi pelo menos dois tiros. Vi ele caindo no chão e o momento em que os bandidos arrastaram o carro e a moto", disse a moradora, que preferiu não se identificar.

"Soube por telefone, cheguei e encontrei ele caído. Foi muito triste ver meu pai morto, no chão, por conta de uma coisa tão banal. Nesse momento as únicas coisas que traduzem o sentimento de nossa família são dor e insegurança. Meu pai foi morto na porta de casa", lamentou Marcone, que mora em Ipitanga. A esposa do professor também reclamou da impunidade. "Esses bandidos fazem isso porque sabem que vão ficar impunes. Isso precisa mudar. Essa insegurança", completou. Odi vai ser enterrado nesta terça-feira (23), às 10h, no Cemitério de Itapuã. O crime está sob investigação da 12ª Delegacia (Itapuã) e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Correio*

 

 

Relacionados