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Bala encontrada no corpo de criança em São Caetano partiu da polícia

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Bala encontrada no corpo de criança em São Caetano partiu da polícia

Por: Sites da Web

A noite do dia 17 de março de 2017 jamais será esquecida por Robenilton de Jesus. Naquela oportunidade ele perdeu de forma traumática o bem mais precioso que qualquer pai pode ter: a filha. Mirela do Carmo Barreto, à época com seis anos. Ela foi assassinada durante uma operação desastrosa da Polícia Militar no bairro de São Caetano, em Salvador.

Nesta sexta-feira (14/7), foi descoberto que a bala que matou a criança partiu de um agente da Polícia Militar. A investigação foi conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O agente que disparou é Aldo Santana do Nascimento, lotado na 9ª Companhia Independente (CIPM/Pirajá).

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse, por meio de nota enviada no dia seguinte à ação – um domingo -, que os policiais foram recebidos a tiros por criminosos e iniciaram um confronto. De acordo com a pasta, seus agentes seguiam o sinal de GPS para rastreamento de um celular furtado e, ao chegarem na rua, foram surpreendidos.

Robenilton, ainda muito emocionado pelo curto espaço de tempo que se passou, contesta. Ele é categórico ao dizer que os policiais militares entraram na Rua Goméia atirando. “Não houve troca de tiros. Me lembro que fui comprar margarina no mercado e vi a viatura [9.0924] passando. Em um intervalo de dois minutos ouvi dois disparos na minha rua. Como é que isso é troca de tiros?”, pontua. Ele e sua esposa não voltaram a morar no endereço onde Mirela foi baleada. “Não temos condições psicológicas para isso”, revela Robenilton, que diz estar morando de favor em casas de amigos e parentes desde que o crime aconteceu.

JUSTIÇA
O inquérito do DHPP foi remetido para o Ministério Público da Bahia (MP-BA). A assessoria do órgão confirmou a informação e disse que o processo ainda não foi sorteado entre os promotores. A Polícia Militar, também por meio de seu Departamento de Comunicação, se limita apenas a dizer que o inquérito deles – chamado de IPM e feito paralelamente ao da Polícia Civil – também foi encaminhado ao MP.

A delegada Jussara classificou o caso como homicídio culposo (aquele que o autor não tem a intenção de matar). O pai de Mirela espera que a Justiça apresente seu posicionamento o mais breve possível. “Não tenho intenção nenhuma de prejudicar o policial militar honesto até porque trabalho com a segurança, sou vigilante. Quero apenas que os responsáveis pelo caso da minha filha sejam punidos. Se fizeram isso com uma criança e não se retrataram, podem fazer com um ‘pai de família’ e ficar por isso mesmo”, destaca Robenilton, já não controlando o choro. Informações do Aratu Online*

Os moradores locais registraram o momento que os policiais saem do local do crime a bordo do carro oficial. Veja:

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