'Ele estava indo comprar o pão', diz irmã de baleado na Federação

Atentado deixou um morto e dois feridos (Foto: Betto Jr/CORREIO)

 

A irmã de Carlos Alberto Santos Cardoso, 51 anos, que foi baleado durante um tiroteio na região de São Lázaro, na Federação, nesta segunda-feira (4), contou que ele foi atingido nas costas, passou por uma cirurgia, mas está fora de perigo. A aposentada Eliana Cardoso, 59, disse que o irmão passou em casa minutos antes de ser atingido.

"A gente mora no bairro, próximo do local onde houve a confusão. Ele disse que estava indo comprar pão e subiu. De repente os vizinhos avisaram que ele tinha sido baleado. Meu outro irmão correu e eu fui logo atrás. Quando chegamos ele estava no chão, mas consciente", disse.

Ela contou que ajudou os policiais militares a carregarem Carlos Alberto e colocar na viatura, para prestar socorro. Um dos irmãos foi na parte de trás do veículo, para equilibrar a cabeça da vítima, enquanto a aposentada seguiu junto com os policiais até o HGE, onde o guardador de carros deu entrada às 16h44. Ele passou por uma cirurgia no mesmo dia.

Tiroteio

Carlos Alberto não é casado e não tem filhos. Há dois anos ele está desempregado e trabalha como guardador de carros na região de São Lázaro, nas proximidades da igreja. Ontem, ele trabalhou durante o dia, depois foi para casa, tomou um banho e saiu novamente para comprar pão, quando tudo aconteceu.

Segundo testemunhas, três homens chegaram ao local em um carro Honda Civic, prata, e abriram fogo contra dois seguranças da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) que estavam próximos da guarita. Os trabalhadores revidaram e houve uma troca intensa de tiros que assustou quem estava na região.

Carlos Alberto tentou se proteger entre os carros que estavam estacionados mais foi baleado. Um dos seguranças foi atingido na cabeça, foi socorrido por policiais militares que estavam na Fapesb para o HGE, mas morreu no hospital. O outro também ficou ferido e foi socorrido por moradores, mas a polícia não soube dizer para qual unidade de saúde ele foi levado. Eles não foram identificados.

A polícia acredita que os bandidos queriam roubar as armas das vítimas, e uma delas foi levada pelos bandidos. As vítimas trabalham para uma empresa terceirizada que presta serviços para a Fapesb, que é vinculada ao Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. A Fabesp informou que não se pronunciaria sobre o assunto e que o órgão do governo estadual que falaria sobre o tema seria a Secretaria da Segurança Pública da Bahia através da Polícia Civil. O caso está sendo investigado pela 7ª Delegacia (Rio Vermelho), que ainda não tem novidades sobre a apuração. Informações do Correio*