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Adolescente de 14 anos é morto a tiros no Uruguai; família acusa PMs

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Adolescente de 14 anos é morto a tiros no Uruguai; família acusa PMs

Por: Sites da Web

Familiares afirmaram que Anderson foi morto por policiais
Foto: Tailane Muniz/CORREIO

O adolescente Anderson Albuquerque dos Santos Júnior, 14 anos, foi morto por um tiro de pistola nas costas, na noite de sábado (9), no bairro do Uruguai, em Salvador.  Ele morreu na manhã desta terça-feira (12) no Hospital Geral do Estado (HGE). O pai do adolescente, o professor Wagner Albuquerque dos Santos, 40, disse que o filho voltava da festa de aniversário de um amigo, em uma rua próxima de casa,  por volta de 23h, quando policiais militares passaram atirando.

Conforme registro do posto policial do Hospital Geral do Estado (HGE), o garoto foi atingido na região cervical e transferido do Hospital Ernesto Simões, no Pau Miúdo, para a unidade, por volta das 18h de domingo (10). O crime aconteceu na Rua Monteiro Lobato. Conforme Wagner, o garoto cursava a sétima série do ensino fundamental no Colégio Estadual Preciliano Silva, no Largo do Papagaio, também na Cidade Baixa - informação confirmada pela Secretaria Estadual da Educação.

"Ele gostava de aprender as coisas. Estava aprendendo a mexer em obra lá próximo de casa", disse, mostrando, orgulhoso, a carteira profissional do adolescente. Wagner acusa policiais militares da 17ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Bonfim) de terem atirado e negado socorro à vítima. "Eles rodaram com ele na viatura por horas, digo isso porque pessoas relataram, muita gente viu", conta.

De acordo com o pai, Júnior, como era chamado pela família, foi levado debilitado ao Hospital Ernesto Simões. "Eles levaram Juninho pra lá todo quebrado. Ele era magrinho, estava todo machucado. A gente fica indignado com tamanha monstruosidade", conta, emocionado.

Anderson Júnior nasceu e foi criado no Uruguai, segundo Wagner, e passava a maior parte do tempo em casa com amigos da mesma idade. "Não usa drogas, nunca roubou e nem matou ninguém. Foi criado por mim, meu pai e minha mãe", pontua. Não há registros na Delegacia do Adolescente Infrator (DAI) com o nome do adolescente.

Professor de educação física, Wagner comenta que o filho era seu aluno de judô. "A gente fazia muitas coisas juntos, agora tudo acabou, fica um vazio". O pai do adolescente afirmou que, apesar da denúncia, tem medo de retaliações. "Eu digo porque a morte do meu filho não pode ser em vão, mas eu sinto medo, queria algum tipo de proteção", relata.

Conforme Wagner, uma policial é responsável pelo tiro que matou Anderson. "Disseram que foi uma Pefem (policial feminina). Eles não têm família? Eles não têm coração?", desabafa. A família ainda não definiu horário e local do enterro do adolescente.

Em nota, a PM declarou que precisa que a família registre a denúncia sobre o caso para que ele seja apurado. "Orientamos a família a formalizar queixa na Corregedoria da Polícia Militar, no bairro da Pituba, para que os fatos sejam verificados e devidamente apurados", disse a corporação. O crime deve ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Informações do Correio*

 

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