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Homem erra carro, é confundido com ladrão e morre baleado por agente

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Homem erra carro, é confundido com ladrão e morre baleado por agente

Por G1

Jean Araújo Rufino Chagas, de 23 anos, se confundiu e se aproximou de carro de agente penitenciário por engano, pois havia comprado automóvel da mesma cor e modelo há menos de um mês (Foto: Reprodução/TV Globo)

Um agente penitenciário matou um homem que se aproximou dele em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, informou o Bom Dia São Paulo desta quarta-feira (20). O rapaz havia comprado um veículo do mesmo modelo e cor há menos de um mês e se confundiu.

Jean Araújo Rufino Chagas, de 23 anos, levou a esposa, que se sentia mal, ao Hospital Geral da cidade. A rua onde deixou o carro é conhecida pela criminalidade e, em determinado momento, ele saiu do hospital para verificar se estava tudo bem com o automóvel recém-comprado.

O rapaz se confundiu com um veículo parecido, da mesma cor e, assim que tentou abrir a porta, o agente penitenciário Joaquim Fidelis Moreira Neto atirou pensando que fosse um assalto. O pai de Jean disse que ao chegar ao hospital, encontrou o agente ao lado da poça de sangue.

“Perguntei o que estava acontecendo e o agente penitenciário disse que tentaram assaltá-lo. Apontei para o carro e disse que era do meu filho e ele disse: ‘É esse? Ah. Então fui eu que atirei nele. Sou agente penitenciário. Ele colocou a mão na porta do meu carro e eu atirei porque pensei que ele fosse me assaltar’”, contou Genildo Ruffino. “Respondi que ele era um cara despreparado, pois como atira em uma pessoa a queima-roupa daquela forma?”, relata o pai de Jean.

O agente penitenciário Joaquim Fidelis Moreira Neto foi levado para a delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado. O delegado Renato Gonçalves Coletes considerou que ele agiu em legítima defesa. No boletim de ocorrência consta que “a vítima Jean usava uma vestimenta igual à utilizada em assaltos: moletom com capuz e chapéu”. O documento também destaca que o único meio de defesa do agente era fazer um disparo.

“Acho que ele deveria ficar preso, né. Ele executou o meu filho, que estava desarmado. Ele atirou na testa do meu filho”, disse o pai de Jean, que deixa duas filhas de quatro anos. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que o caso vai ser investigado pela Delegacia de Itapecerica da Serra e que a polícia vai procurar imagens de câmeras de segurança na região.


 

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