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PF faz buscas no apartamento do deputado federal Lúcio Vieira Lima

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PF faz buscas no apartamento do deputado federal Lúcio Vieira Lima

Por: G1

A Polícia Federal (PF) faz buscas, na manhã desta segunda-feira (16), no apartamento do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), em Salvador. O endereço é localizado no bairro do Chame-Chame, ao lado do apartamento do irmão de Lúcio, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso em regime fechado desde 8 de setembro, três dias após a PF apreender R$ 51 milhões em um imóvel supostamente utilizado como "bunker" pelo peemedebista.

Duas viaturas da PF estavam na frente do prédio de Lúcio por volta das 7h30. Três advogados de Lúcio estiveram no local. Um deles já havia saído e outros dois advogados permanecem no prédio. A operação desta segunda-feira busca entender a relação entre Lúcio Vieira Lima e os R$ 51 milhões. Os investigadores querem saber se ele poderia ser "destino" ou "origem" do dinheiro.

A operação foi realizada pela Polícia Federal a pedido da Procuradoria Geral da República. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. Há buscas também no gabinete de Lúcio em Brasília (DF), em um apartamento dele na mesma cidade e em mais um endereço não informado em Salvador. Na Câmara dos Deputados, agentes da PF chegaram a interditar o acesso ao sexto andar do anexo IV, onde fica o gabinete.

"Bunker"
Os R$ 51 milhões achado no apartamento em setembro é a maior apreensão de dinheiro vivo da história da PF. De acordo com a investigação, o apartamento onde foram encontradas as malas e as caixas com o dinhero foi emprestado a Lúcio Vieira Lima por um amigo da família e era usado por Geddel. Um dos pontos que os investigadores querem tentar esclarecer com as diligências desta segunda-feira é o fato de os policiais terem encontrado uma nota fiscal de uma funcionária de Lúcio Vieira Lima no apartamento onde estava escondido o dinheiro.

Em setembro, as investigações sobre o assunto foram remetidas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo da transferência do caso para o STF são os indícios encontrados nas investigações em relação a Lúcio Vieira Lima, que, na condição de deputado federal, tem foro privilegiado no STF. Além de Geddel, a Polícia Federal também prendeu preventivamente em setembro o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, que, segundo as investigações, é ligado ao ex-ministro. Após a prisão ter sido noticiada, a prefeitura da capital baiana demitiu Ferraz. Amigo pessoal do presidente Temer, Geddel ocupou a Vice-Presidência de Pessoa Jurídica do banco público no governo Dilma Rousseff, indicado pelo PMDB.

Assessor de Lúcio
Além das residências e do gabinete de Lúcio Vieira Lima, outro alvo dos mandados judiciais desta segunda é Job Ribeiro Brandão, secretário parlamentar lotado no gabinete do deputado do PMDB. Vinculado à Câmara desde 2010, Brandão tem salário de R$ 14,3 mil, segundo informações do Portal de Transparência da casa legislativa. Job Ribeiro Brandão se tornou alvo da Polícia Federal porque os investigadores encontraram digitais dele no apartamento em que estavam escondidos os R$ 51 milhões e até em parte do dinheiro.

 

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