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'Matou por cerveja. Que monstro é esse?', diz viúva de jogador

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'Matou por cerveja. Que monstro é esse?', diz viúva de jogador

Por: Pesquisa Web

Filho, mulher e mãe de Ednei Bahia, durante sepultamento na Quinta dos Lázaros (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)

 

Uma despedida emocionante. Foi assim que familiares e amigos definiram o sepultamento do jogador de basquete amador Edinei Moreira Bahia, 30 anos, ocorrido na tarde de terça-feira (7). Algumas pessoas passaram mal e precisaram ser atendidas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O jogador morreu depois de ser baleado no peito, na madrugada de domingo (5), no Largo de Santana, bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

Durante o cortejo antes do sepultamento, a viúva Janecleide Santos, 27 anos, desabafou e pediu para que o caso não fique impune. "Ele matou meu marido por causa de uma cerveja. Que tipo de monstro é esse? Quero justiça", declarou.
Eram 16h10 quando o corpo deixou a capela 2 do cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas. A família tinha planejado, inicialmente, realizar o sepultamento no Rio de Janeiro, onde Edinei morava e a mesma cidade em que o corpo do pai dele está enterrado, mas mudou de ideia.

Segundo a família de Edinei, o autor do crime é um policial militar que está há menos de 1 ano na corporação. Apesar do pouco tempo no cargo, ele já responderia a um processo por agressão a um vizinho, no qual teria dado uma coronhada. O jogador foi baleado depois de uma confusão por causa de um balde de cerveja, em uma boate, bem ao lado do Largo de Santana. Os amigos que estavam com a vítima disseram que o atirador estava bêbado e armado.

A mãe de Edinei, Vanda Moreira, 50, precisou ser amparada durante toda a cerimônia. Ela deu as mãos à nora, Janecleide, e as duas caminharam juntas até a quadra onde o corpo foi sepultado. Na despedida ao filho, diante da gaveta onde o caixão foi deixado, ela desmaiou e foi atendida por equipes do Samu. Emocionada, a mulher pediu por justiça.

"Esse policial tem que ser preso. Quero saber cadê os deputados, porque se fosse um filho deles, o que eles fariam? Hoje foi meu filho, amanhã pode ser o deles. Eu quero que tenha justiça, é só isso que eu quero: justiça para meu filho", disse.

Edinei com a mulher e o filho de 4 anos (Foto: Reprodução/Arquivo da família)

Filho
No vai e vem de pessoas chorando e se despedindo do jogador, uma cena chamava a atenção. Vestindo uma camisa verde, um menino de 4 anos, passeou de braço em braço entre os familiares, mas parecia não estar entendendo o que estava acontecendo. Ele também se chama Edinei e é filho da vítima. O pai e a mãe do jogador moravam no Subúrbio Ferroviário até 2007, quando mudaram para a Vila Madalena, no Rio, em busca de uma vida melhor. A última vez que o menino viu o pai vivo foi na sexta (3), quando Edinei embarcou para Salvador.

O motorista Daniel Abraão, 37, que dirigiu por 24h para trazer a família para o enterro, contou que durante a viagem o menino, por um momento, pareceu perceber o que acontecia à sua volta. Depois que o caixão deixou a capela, a viúva Janecleide pediu para que a família deixasse ela seguir o cortejo. Eles temiam que ela não conseguisse chegar ao final, e ela precisou ser carregada em alguns momentos. Mesmo emocionada, a viúva reforçou o pedido da sogra e clamou por justiça. O cortejo foi interrompido por conta da falta de um documento, mas continuou cerca de 30 minutos depois.

Viagem
Edinei veio a Salvador para participar de uma partida de basquete amador. Na sexta, quando chegou, visitou alguns amigos de infância e foi na praia. No sábado, participou da partida contra o time de basquete de Periperi, no ginásio do Iceia, no Barbalho. A equipe dele venceu, classificando o Núcleo de Basquetebol da Bahia para as semifinais, e à noite ele e mais cinco amigos saíram para comemorar.

O grupo foi ao Imbuí e, por fim, ao Rio Vermelho, onde Ednei foi baleado. Ele foi socorrido com vida para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu ao ferimento. O caso está sendo investigador pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil não deu detalhes sobre a investigação do crime, não divulgou o nome nem a foto do suspeito. Fonte: Jornal Correio*

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