Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Polícia

/

Vitória: Laudo confirma que menina tentou se defender antes de 'morte viole

Polícia

Vitória: Laudo confirma que menina tentou se defender antes de 'morte viole

Por: G1

Polícia Civil investiga morte da estudante Vitória Gabrielly (Foto: Reprodução/TV TEM)

O laudo do Instituto Médico Legal (IML), divulgado na noite desta terça-feira (26), confirmou que a adolescente Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, tentou se defender antes de ter sido assassinada, em Araçariguama (SP). De acordo com o documento, que diz que a garota morreu por asfixia mecânica traumática por estrangulamento, foram identificadas no corpo da adolescente "lesões de defesa e marcas de contenção, que sugerem que a vítima foi contida por instrumento contundente".

O laudo também atestou que a menina apresentava lesões internas na musculatura do pescoço, que comprovam a asfixia mecânica por estrangulamento. O corpo estava em estado avançado de decomposição, o que não permite confirmar se houve abuso sexual ou não. O documento técnico também aponta que Vitória não tinha consumido droga ou medicação. Ainda segundo o laudo do IML, a morte da garota foi por "meio cruel".

Em entrevista à TV TEM, a mãe, Rosana Magalhães, disse que aguarda o trabalho da polícia e a identificação do responsável pelo crime. "Eu espero Justiça não só para minha filha, mas para todo mundo que já sofreu. A Justiça vem de Deus", afirmou.

Carro em vídeo
A Polícia Civil também está à procura de um carro de cor escura que teria sido usado para transportar a adolescente no dia em que ela saiu para andar de patins e desapareceu. O veículo aparece nas câmeras de segurança, perto do local onde o corpo da menina foi encontrado, ao lado dos patins, às margens de uma estrada rural, no bairro Caxambu, oito dias após o desaparecimento.

Até agora, três carros já passaram por perícia, mas nenhum indício de que a vítima esteve neles foi encontrado. De acordo com o tio de Vitória, dois adolescentes prestaram depoimento dizendo que viram a menina conversando com um homem perto de um veículo.

O servente de pedreiro, que está preso temporariamente por ter dado seis versões diferentes sobre o caso, contou à policia que Vitória foi levada por um casal que seguiu de Mairinque até Araçariguama para cobrar uma dívida de tráfico de drogas. No dia em que ela desapareceu, o carro do casal estava na oficina. A dupla já foi ouvida pela polícia diversas vezes e, em seguida, liberada.

Tanto o casal como o servente de pedreiro foram levados para o Instituto Médico-Legal (IML) para colher material genético, que vai ser comparado com amostras colhidas nas roupas, em cordas usadas para amarrar a menina e nos patins dela.

A polícia investiga se a menina foi pega por engano e, de acordo com o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, a forma como o corpo da garota estava indica violência, o que pode caracterizar o crime como execução por vingança.

Mais de 70 pessoas já foram ouvidas durante a investigação. Análises feitas no corpo de Vitória indicaram que ela foi morta no mesmo dia em que desapareceu. A causa da morte foi asfixia, provocada por um golpe de "mata-leão" no pescoço. A menina teve os braços e pernas amarrados com os cordões dos patins. No atestado de óbito consta que a causa da morte é indeterminada.

Celulares apreendidos
A polícia aguarda ainda o resultado da perícia que está sendo feita no Instituto de Criminalística, em São Paulo, em vários celulares apreendidos, entre eles os dos três suspeitos: o casal e o servente de pedreiro. Uma perícia também está sendo feita no celular apreendido de um rapaz que tem uma irmã que também se chama Vitória e estuda na mesma escola em que a adolescente estudava. O jovem já prestou depoimento e negou envolvimento com tráfico de drogas.

Os peritos estão usando um programa de computador capaz de recuperar mensagens, fotos, arquivos e localizações por GPS que tenham sido apagados. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) está oferecendo recompensa de até R$ 50 mil para quem der pistas sobre o crime. A polícia disse que, desde que começou a investigação, nenhuma denúncia foi feita. As informações podem ser divulgadas pelo telefone 181 ou pelo site do Web Denúncia.

Relacionados