Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Polícia

/

Meses após ficar em coma por agressões, manicure é morta a facadas pelo ex

Polícia

Meses após ficar em coma por agressões, manicure é morta a facadas pelo ex

Por: Pesquisa Web

Márcia e Ricardo tinham dois filhos; ele foi preso após invadir casa da ex e esfaqueá-la até a morte (Foto: Reprodução)

 

A manicure Márcia Silva do Nascimento, 29 anos, foi assassinada com golpes de faca na tarde deste domingo (2), no Jardim Santo Inácio, em Salvador, depois de ter sua casa invadida pelo ex-companheiro. O crime aconteceu no bloco B, caminho 2, nas proximidades do final de linha do bairro. De acordo com vizinhos, a vítima estava em sua residência – que fica em um prédio de quatro andares –, quando o ex-marido Ricardo Oliveira Conceição, 36, acessou a residência depois de arrombar o portão e pular umas das janelas.

De acordo com familiares do agressor, Ricardo estava inconformado com o fim do relacionamento de cinco anos. Havia uma semana que ele estava em liberdade depois de responder por 9 meses pelas graves agressões à ex-companheira.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, Márcia não convivia com Ricardo desde quando ele foi preso e autuado por violência doméstica e lesão corporal contra ela, registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), de Brotas, em outubro de 2017.

Coma
À época da prisão, a manicure foi espancada ao ponto de entrar em estado de coma depois de ser socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE). No início do mês passado, o autor do feminicídio foi colocado em liberdade por decisão judicial. Ricardo já responde em cinco inquéritos relativos a furto, tráfico de drogas, roubo, receptação, além dos crimes registrados na Deam/Brotas.

O casal tinha dois filhos, uma criança de 4 anos e outra de 5. Os dois pequenos não presenciaram o crime porque estavam na casa da avó materna, que fica no bairro de Itacaranha. Segundo a polícia, as crianças eram registradas por Ricardo, mas ele sempre contestou a paternidade.

Como uma filha
Para a mãe de Ricardo, nada justifica a atitude do filho. Ela conta que tratava a nora como uma filha. As duas se encontraram no domingo pela manhã, na rua da casa da vítima, por volta das 11h. Durante o encontro, a sogra aconselhou Márcia a sair de casa e procurar ajuda.

"Eu sabia o que iria acontecer. Eu sou mãe, eu sinto. Nada justifica alguém tirar a vida de outra dessa maneira tão brutal que o meu filho tirou. Das outras vezes, eu pude fazer alguma coisa, mas, dessa, não pude acudir minha nora", desabafa a mãe de Ricardo, a ambulante Edna Oliveira, 59.

Ela conta ainda que o filho tinha um comportamento violento, sobretudo quando estava sob efeito de drogas. O agressor é usuário desde a adolescência e, no dia do crime, garante a mãe, teria passado três dias 'cheirando' cocaína.
Uma das coisas que levou o filho a cometer o crime, acredita Edna, foi uma suposta traição. "O homem trai, mas não quer ser traído. A vida dos dois era um jogo de inferno. Um se vingava do outro", comentou.

Márcia voltou para o ex-companheiro há cerca de um mês, logo após ele sair do presídio. Eles moravam na residência onde aconteceu o crime havia uma semana. "Quando ele veio na minha porta dizer que amava meu filho e que estava voltando eu disse: 'você é uma louca. Sofreu tanto na mão dele. Quem ama não bate, Márcia", completou a mãe do feminicida.

De acordo com a PM, após cometer o crime, Ricardo foi detido por policiais da 48ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Sussuarana). Ele foi autuado em flagrante por feminicídio na 2ª Delegacia de Homicídios Central (2ª DH/Central), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O corpo da vítima permanecia, no início da tarde desta segunda (3), no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR) esperando a liberação dos familiares. Lá, a manicure chegou como "identidade ignorada". Fonte: Correio*

 

Relacionados