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<b>Maragojipe: suspeita tem prisão preventiva decretada e marido dela é solto

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Maragojipe: suspeita tem prisão preventiva decretada e marido dela é solto

Por: Pesquisa Web

Elisângela (à esquerda), principal suspeita dos crimes, está presa; ao lado, Jefersson e vítimas (Foto: Reprodução)

 

O inquérito do caso das mortes da marisqueira Adriane Ribeiro, 23 anos, e das duas filhas, Gleysse, 5, e Ruteh, 2, todas por envenenamento, foi concluído nessa quarta-feira (7). Um dos acusados, Valci Boaventura Soares, marido da principal suspeita, Elisângela Almeida de Oliveira, que estava preso desde o dia 11 de outubro, foi solto por falta de provas. O caso aconteceu em Maragojipe, no Recôncavo baiano.

"O inquérito foi concluído e remetido à Justiça. A prisão temporária de Elisângela foi convertida em preventiva. Em relação ao seu companheiro, Valci, não houve elementos de prova para indiciá-lo e ele foi solto hoje à tarde", explicou o delegado Marcos Veloso, titular da Delegacia de Maragojipe e responsável pela investigação do caso. Elisângela segue presa na cidade, sem previsão de uma possível transferência.

A soltura de Valci foi acompanhada pelo pescador Jefersson Eduardo Brandão, 29, casado com Adriane e pai das meninas. Segundo a irmã dele, Paula Brandão, 35, o momento foi de muita emoção, já que, para o marido e pai das vítimas, Valci também teve participação nos crimes.

Ainda segundo Paula, seu irmão vai concluir a reforma da casa em que morava com a mulher e as filhas, mas "só vai voltar para buscar as coisas". "Ele não quer mais morar naquele lugar", reforça ela, que ainda acredita que Valci pode ser incriminado futuramente.

"Valci foi solto hoje. Mas isso não quer dizer que, futuramente, não venha a aparecer alguma coisa contra ele, né? A prisão dela (Elisângela) já tá como preventiva. Quando a gente saiu de lá, ela ainda não sabia", completa Paula.

As mortes
Em entrevista coletiva, Veloso disse ainda que a provável autora dos crimes pediu a uma sobrinha cabeleireira para que mentisse no inquérito, com o objetivo de despistar a polícia. O delegado contou também como ocorreram as mortes. Gleysse Santos da Conceição, 5, estava com fome e pediu comida à mãe, que lhe deu um prato de frango e arroz. Quando voltou à cozinha, Elisângela se aproximou e colocou veneno no alimento. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

A segunda vítima foi a caçula Ruteh Santos da Conceição, 2. Segundo o inquérito, Elisângela preparou panquecas e serviu para Jefersson e para a menina. Uma hora e meia depois, a criança sentiu os primeiros sintomas, foi levada para a UPA de Maragojipe e também morreu.

A última a ser assassinada foi a mãe, que recebeu das mãos da amiga da família um copo com chocolate quente. Adriane se recusou e alegou dor de barriga, mas Elisângela insistiu e a vítima ingeriu o líquido. Todas as vítimas ingeriram um tipo de inseticida agrícola.

Adriane e as filhas, Ruteh e Gleysse (Foto: Acervo Pessoal)

Relembre o caso
Adriane e suas duas filhas foram mortas entre os dias 30 de julho e 13 de agosto. As mortes chamaram a atenção, principalmente, por terem ocorrido em situações ainda não esclarecidas em três segundas-feiras seguidas. Primeiro faleceu Greysse, no dia 30 de julho, depois Ruteh, no dia 6 de agosto, e por último, Adriane, no dia 13 de agosto.

Após pedido da Polícia Civil, e decisão favorável da Justiça, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou a exumação dos corpos. De acordo com o DPT, tanto Ruteh, que foi a segunda a morrer, quanto Adriane já haviam passado por necropsia. O corpo de Gleysse, no entanto, não havia passado pelo processo – como foi a primeira a morrer, e os exames preliminares indicaram um alto teor de açúcar no sangue, a morte foi considerada como uma causa natural.

As mortes da menina mais nova e da mãe é que levantaram a suspeita do envenenamento, segundo a polícia. Os dois últimos laudos cadavéricos, no entanto, não haviam apontado a presença de substâncias tóxicas e, por isso, a Justiça decidiu autorizar, também, a exumação de Ruteh. A assessoria do DPT informou que os peritos entenderam que deviam "aprofundar a perícia" no corpo de Ruteh, além de colher material da caçula.

No dia 11 de outubro, Elisângela e Valci, que frequentavam a mesma igreja de Adriane, foram presos por suspeita de envenená-las. Segundo a Polícia Civil, Elisângela teria usado inseticida agrícola para matar Adriane e as duas filhas. Ainda de acordo com a polícia, o casal coagiu testemunhas para que não dessem informações e destruiu provas que poderiam revelar seus envolvimentos nos crimes.

Eles são moradores de Conceição da Feira, no Centro Norte do estado, e frequentavam a casa das vítimas. Após a prisão, Jefersson falou sobre a relação de Elisângela com sua família e revelou que a mulher nutria paixão por ele. Informações do Jornal Correio* 

Veja a entrevista que ele deu. Ela nega.

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