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8 coisas práticas que você pode fazer por quem tem depressão

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8 coisas práticas que você pode fazer por quem tem depressão

Por: Pesquisa Web

Ouvir sem julgamento, resolver coisas do dia a dia, ajudar a procurar um médico... Pequenas atitudes ajudam muito quem tem depressão.

 

Quem tem uma amiga ou alguém da família que passa por uma depressão sabe que esta é uma doença que demanda muito acolhimento e tato por parte de quem está por perto. Existem certas coisas que não devem ser faladas para quem tem depressão e toda ajuda que se oferece deve ser na medida certa.

“É muito comum a pessoa com depressão se retrair e piorar quando alguém tenta forçar que ela faça algo ou mesmo que ela fale mais do que está disposta naquele momento”, explica a psicóloga clínica Sabrina Gonzalez. Logo, partir para a tática do “vamos nessa, amiga, ânimo!” sem perceber o clima não é nem um pouco recomendada.

Para o psiquiatra Roberto Miotto, professor da pós-graduação de Psiquiatria do Departamento de Medicina da PUC-Rio e diretor do Núcleo Carioca de Neuropsicogeriatria, “é fundamental emprestar sua vontade e sua energia para quem tem depressão”. Isso significa ser o meio pelo qual a sua amiga, por exemplo, possa ver coisas do dia a dia resolvidas quando ela não tem ânimo absolutamente nenhum para fazer qualquer coisa.

Tudo esclarecido, mas se as situações forem explicadas de forma mais palpável fica bem mais fácil, né? Por isso, pedimos para Sabrina e Miotto nos contarem quais atitudes práticas do dia a dia podem ajudar de fato quem tem depressão. Aí vão elas!

Ouvir sem julgar
Quando uma pessoa com depressão resolve falar e desabafar, é porque confia no ouvinte e está precisando aliviar um pouco de sua dor. Se você for a escolhida para essa conversa, tenha muita empatia: ouça sem julgamentos e sem ridicularizar os problemas que ela expuser. “Diminuir uma questão qualquer, mesmo que realmente pareça uma bobagem, é péssimo. Se ela está colocando aquilo para fora, é porque para ela é importante”, afirma Sabrina.

Outro ponto importante, segundo a psicóloga, é não tentar ser a solucionadora de todos os problemas desabafados; na verdade, o ideal é NÃO apresentar soluções às complicações, a não ser que isso seja expressamente pedido. “Ela está ali com aquele problema que considera insolúvel e você dá uma saída imediatamente. Resultado: ela se sente uma fracassada por não conseguir ter essa rapidez de raciocínio”. O ponto aqui, portanto, é: ouça, ouça e ouça mais um pouco. E só fale ou mostre uma alternativa se for solicitada.

Fazer companhia
Muitas vezes, a pessoa com depressão não quer ficar sozinha, mas não sabe como pedir para alguém lhe fazer companhia – é característica da depressão se sentir um peso para todo mundo. Esteja presente, mesmo que seja apenas para ficar ali, sem falar nada. Sua presença física já será uma ajuda imensa.

Ajudar a procurar um médico
“A capacidade de percepção para se entender doente é muito pequena em quem tem depressão. Procurar ajuda médica por conta própria, então, é muito improvável”, conta Miotto. Cabe a quem está ao redor tomar a iniciativa de procurar psiquiatras e terapeutas que possam ajudá-la a se tratar. “É obrigação dos amigos e da família fazer esse papel”, defende o psiquiatra. Já sabe: o pontapé inicial rumo à cura pode ser seu. Com jeitinho, claro.

Inserir a pessoa socialmente
A rede de apoio é vital para quem tem depressão. É legal chamá-la para festas, reuniões e happy hours, mesmo que na maioria das vezes ela não queira ir ou, quando vá, fique mais quieta no canto dela. O importante é ela se sentir lembrada, querida. E, de novo: não tente força-la a ter um comportamento mais expansivo ou animado; respeite o comportamento que ela quiser ter.

Resolver pepinos do dia a dia para ela
A falta de disposição até para sair da cama pode prejudicar a vida de quem tem depressão em coisas práticas como uma conta não ser paga (porque ela não quis sequer abrir o site do banco em casa) ou uma refeição ser pulada (porque ela não se animou a ir até a cozinha). Nesta hora, você pode ajudar muito!

Vá à casa da sua amiga com um almoço pronto ou os ingredientes para preparar um jantar rápido e bem gostoso para vocês duas. Se ofereça para efetuar o pagamento de contas em atraso ou que estejam para vencer. Dê uma olhada nos armários da cozinha e do banheiro para ver o que está faltando e dê um pulo no supermercado para resolver pequenos desfalques. Sentir-se querida e cuidada a ajudará a se sentir melhor e sair do vórtice ruim da depressão em que ela possa estar. Tenha consciência de que ela poderá ter uma recaída no dia seguinte, mas que sua atitude já é um bom passo na cura.

Organizar saídas de casa
“Uma rotina de atividades físicas acompanhada de uma boa alimentação e da exposição à luminosidade do dia, que atua na glândula pituitária, é muito eficaz no combate à depressão”, garante Miotto. Você pode, então, aproveitar um momento de abertura de sua amiga com depressão e tomar a iniciativa de levá-la ao parque para uma volta de bicicleta ou a um evento ao ar livre qualquer.

Elogiar (mas sem forçar a barra)
Sabrina destaca que quem tem depressão sente involuntariamente uma grande dificuldade em enxergar os próprios aspectos bons. O que faz uma boa amiga – você, no caso? Funciona como um post-it falante para lembrá-la de que ela é legal e tem qualidades. Mas sem exagerar na dose, hein? Elogio despropositado incomoda qualquer pessoa, tenha ela depressão ou não.

Cumprimentar e se despedir
Pode parecer bobagem, mas um simples “bom dia” e um “até amanhã” podem fazer toda a diferença na vida de quem tem depressão. “É comum essa pessoa se sentir invisível”, diz Sabrina. “Ter a delicadeza de cumprimentar e se despedir é uma atitude que mostra, na prática, que não é bem assim e ela é querida e notada, sim”.

Fonte: M de Mulher*

 

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