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Bepantol e Hipoglós são bons hidratantes? Especialistas respondem

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Bepantol e Hipoglós são bons hidratantes? Especialistas respondem

Por: Pesquisa Web

 

Há algum tempo, blogueiras têm exposto nas redes sociais o uso de cremes e pomadas que são originalmente feitos para tratar algum tipo de problema de saúde ou de pele como produtos de beleza. Os campeões desses usos incomuns são os cremes contra assadura Hipoglós e Bepantol. Mas será que eles têm mesmo função estética como se pensa?

A dermatologista Renata Sitonio conta que é até possível fazer esse tipo de uso, mas é importante saber que tais produtos não funcionam como os cosméticos feitos exclusivamente para cuidados estéticos. No entanto, ela ressalta que elas podem, sim, participar dos cuidados estéticos, mas não devem ser os únicos produtos utilizados.

A jornalista Pamela Simplício é uma dessas pessoas que usam o Bepantol como hidratante. Ela conta que conheceu a pomada há cerca de seis anos, quando a usou para facilitar a cicatrização de uma tatuagem. Depois disso, pesquisou e leu em blogs outros possíveis usos. “Vejo muita gente dando dicas como usar na sobrancelha para acelerar o crescimento dos fios e na olheira para reduzir”, relata.  

O mais comum para ela é passar como hidratante. “Uso Bepantol para hidratar lábios, geralmente para dormir e coloco na olheira também, mas não percebo clarear. Mas hidrata e, se tiver inchaço, alivia”, afirma. A justificativa para isso vem da fórmula. De acordo com Renata, o Bepantol tem em sua base o Dexpantenol ou Pró-Vitamina B5, um hidratante potente que restaura a barreira natural da pele.

Aproveitando o poder hidratante da fórmula, o laboratório responsável pelo Bepantol lançou a linha Derma, que tem versão líquida, indicada para hidratar os cabelos, e um regenerador labial, voltado especificamente para a pele dos lábios.

Outro queridinho das blogueira é o Hipoglós, pomada usada contra assaduras, principalmente nos bebês. Entres as muitas supostas novas funções estão clareamento da pele e proteção solar. A dermatologista Marilia Acioli conta que quem faz isso não está completamente errado. “Hipoglós é um protetor solar físico, tanto que muitos surfistas usam”, lembra. Ela explica que não é exatamente pelos componentes químicos do medicamento, mas porque é tão espesso e gorduroso que cria uma barreira contra os raios do sol, além de não sair facilmente na água.

Segundo Renata, o Hipoglós também garante características hidratantes. “É rico em óleos, além de Retinol e Óxido de Zinco, que são substâncias que formam uma camada protetora evitando, por exemplo, o contato da pele do bebê com fezes e urina. Além disso, promove a hidratação através do colecalciferol da fórmula (vitamina D)”, pontua.

Outra “indicação” incomum do creme é para quem tem manchas escuras entre as pernas por causa do contato. Marilia diz que esse uso é bem mais próximo da finalidade do produto. “É por isso que eles são usados em bebês”, diz.

Cuidados
Não é por serem medicamentos que essas pomadas fazem bem em qualquer lugar do corpo. Nisso as duas profissionais concordam. “A pele não é a mesma em todo lugar”, lembra Marilia. A médica diz que o medicamento, mesmo que tenha propriedades hidratantes, pode fazer mal quando usado em determinadas regiões. Renata explica: “O Bepantol, por exemplo, não estimula a produção de colágeno, portanto não tem função estética.

Em jovens pode, inclusive, causar acne”. Como são ricos em óleo, o uso excessivo e frequente pode obstruir os poros e causar lesões na pele. “Com isso, é importante retirar o produto de manhã com um sabonete adequado para o seu tipo de pele e aplicar filtro solar em seguida”, aponta. “Recomendo só usar se a pele estiver realmente seca e madura”, adverte a profissional.

Ineficaz
Também entre os remédios que são usados fora de sua função primordial estão os cremes vaginais. No entanto, ambas profissionais são assertivas quanto à eficácia desses produtos na pele: “Não funcionam”. De acordo com Renata, é mito a história de que cremes vaginais são indicados para tratar acnes, por exemplo, função comumente atribuída ao medicamento.

Marilia comenta que a base pode não ter absorção igual na pele, já que a mucosa vaginal, região indicada para tais cremes, é completamente diferente da pele. “Não serve e pode até prejudicar. Se tiver um corticoide, por exemplo, no creme vaginal, pode piorar o problema de pele. Logo, é totalmente contraindicado”, alerta.

Sem misturebas
As profissionais alertam também para o risco de misturas caseiras com os produtos. “Algumas blogueiras indicam receitas com algumas dessas pomadas”, comenta Pamela. Marilia conta que esse tipo de “receita milagrosa” pode causar danos à área do corpo aplicada por mexer com a formulação original do produto.

“Para fazer efeito, ela precisa estar no veículo ideal, na concentração e no pH adequado, se você modifica isso, muda a substância, sua absorção, e pode acabar perdendo o sentido”, diz. “Não dá para ficar brincando de Professor Pardal”, brinca, lembrando o cientista personagem de Walt Disney. Fonte: Correio*

 

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