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Natiruts completa 20 anos de carreira entre os principais grupos do gênero

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Natiruts completa 20 anos de carreira entre os principais grupos do gênero

Por: Sites da Web

Pode ser a temática das letras ou o clima de paz e good vibes ao qual é associado. Se não é possível precisar o motivo, o fato é que o Brasil abraçou o estilo criado na Jamaica e popularizado por figuras como Bob Marley, Jimmy Cliff e Peter Tosh. Do norte ao sul do país, diversas bandas de reggae surgiram desde os anos 1980, influenciadas por tais ícones. Entre elas, Ponto de Equilíbrio (RJ), Tribo de Jah (MA) e Planta e Raiz (SP), entre outras. Nenhuma delas, entretanto, conseguiu o mesmo alcance e popularidade que o Natiruts, grupo brasiliense que em 2016 completa 20 anos de estrada.

A trajetória de sucesso da banda começou em 1996, a partir do ideal do estudante da Universidade de Brasília (UnB) Alexandre Carlo. De pais cariocas, ele cresceu sob uma vasta influência de estilos, de sambas de João Nogueira, Jorge Ben, passando por Gilberto Gil até o pop romântico de Fábio Jr. O reggae só foi aparecer em sua vida mais tarde, aos 18 anos, por meio do irmão, que o apresentou a uma fita cassete de Legend, de Bob Marley. “Quando ouvi a primeira vez, já me tocou. E, talvez, por eu não ter uma formação técnica e por ser um estilo mais simples, comecei com as primeiras composições”, explicou Alexandre, em uma entrevista dada em 2014 ao Correio.

A partir dessas primeiras músicas, o caminho para montar uma banda surgiu naturalmente, com ajuda de amigos da UnB também interessados em “levar um som”. Primeiro, juntaram-se ao time Juninho (bateria), Luis Maurício (baixo) e Bruno Dourado (percussão). Depois, Izabella Rocha (backing vocals) e Kiko Peres (guitarra) — que substituiu André Carneiro — completaram a formação dos primeiros anos de sucesso da banda que primeiramente foi chamada de Nativus.

A mistura do reggae roots tocado pela banda com elementos de música brasileira e do pop não demorou para se traduzir em shows cada vez maiores e no primeiro disco, Nativus (1997), que, impulsionado pelos sucessos Surfista do lago Paranoá, Presente de um beija-flor e, principalmente, Liberdade pra dentro da cabeça, vendeu 40 mil cópias de forma independente até chamar a atenção das grandes gravadoras. Quando relançado pela EMI, o trabalho atingiu a marca de 450 mil cópias.

“Foi tudo muito rápido. Quando chegamos à EMI, já éramos estourados em algumas capitais. Não tivemos aquele processo de sofrer as mazelas da estrada para chegar ao sucesso. Foi um fenômeno instantâneo, porém com conteúdo”, afirma o fundador, líder e principal compositor, Alexandre Carlo.

Trabalhando com grandes produtores, como Liminha e Tom Capone, e com sucessos tocando com frequência nas rádios, a banda passou os anos seguintes fazendo grandes shows, turnês e se tornou habitué de programas de auditório populares, algo raro para bandas de reggae do Brasil.
 

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