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Barão Vermelho anuncia volta sem Frejat e com Rodrigo Suricato no vocal

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Barão Vermelho anuncia volta sem Frejat e com Rodrigo Suricato no vocal

Por: G1

Roberto Frejat

 

O Barão Vermelho anunciou nesta terça-feira (17) que Roberto Frejat não faz mais parte da banda e vai ser substituído por Rodrigo Suricato, do Suricato. Em entrevista ao G1 por telefone, o baixista Rodrigo Santos afirmou Frejat seguirá em carreira solo e que sua saída "foi numa boa, ninguém brigou". "Somos todos amigos – eternamente amigos", disse. "Foi uma decisão de comum acordo. E o Frejat elogiou o Rodrigo Suricato como cantor, a gente gosta muito dele."

Em seu perfil no Instagram, Rodrigo Suricato comentou "o honroso e desafiador convite". "Agora tenho tenho duas casas para me expressar: Barão Vermelho e Suricado", escreveu, explicando que vai conciliar os dois grupos (leia, abaixo, a íntegra do texto). Roberto Frejat foi um dos fundadores do Barão Vermelho, que começou a carreira em 1981. Na época, o líder era Cazuza (1958-1990), que saiu em 1985. A partir dali, o próprio Frejat assumiu o vocal.

Além de Rodrigo Suricato e de Rodrigo Santos (que entrou em 1992), a formação atual do Barão tem dois de seus músicos fundadores: Guto Goffi na bateria e Maurício Barros no teclado. O guitarrista Fernando Magalhães (que entrou em 1985) completa o time.

O plano é que o primeiro show com Rodrigo Suricato no Barão aconteça em maio. A apresentação deve abrir uma turnê comemorativa dos 35 anos do grupo. De acordo com Rodrigo Santos, a ideia é entrar em estúdio "ou no final deste ano ou no início do ano que vem" para gravar um disco de inéditas. "Existe um hiato na cena de rock nacional, e o Barão tem todos os pré-requisitos pra preencher. Chegou a hora do Barão, é hashtag #barãoprasempre", afirmou. "A fase de paradas, de interrupções e de férias acabou. O Barão está de volta – e com alma de garotos."

Da atual formação, Rodrigo Suricato passa a ser o mais jovem, com 37 anos. Seus novos parceiros nasceram na década de 1960. Santos também adiantou: "Na comemoração dos 40 anos do Barão, em 2022, esperamos estar todos juntos, e com o Frejat também. Ele sempre teve as portas abertas".

'Pré-combinado'
Rodrigo Santos lembra que a turnê dos 35 anos de carreira do Barão Vermelho estava acertada para 2017."Quando acabou a tour 2013 [celebrando os 30 anos do Barão], a gente pré-combinou que iria parar por cinco anos de novo – para não ficar comemorando só de dez em dez anos. O Barão merece estar na estrada", explicou. "A gente foi meio que aceitando, deixando correr, até pela importância do Frejat. Só que chegou uma hora... No meio do ano passado, teve uma reunião em que a gente falou: 'Vamos voltar, tá tudo certo'. Mas o Frejat disse que estava com muitos compromissos, querendo se dedicar à carreira solo, não era uma boa hora pra ele. E a gente achava que seria uma hora boa pra gente..." "Chegou uma hora em que muitos pensavam de uma maneira, e o Frejat de outra. Talvez fosse a hora de cada um seguir o caminho".

Além de Rodrigo Suricato, outros nomes foram cogitados como substituto do cantor e guitarrista. "Precisava achar alguém que combinava com a banda, e a gente não sabia se o Rodrigo estaria disponível", disse o baixista. "Depois, a gente descobriu que ele tava available – e foi uma honra para ele. A gente marcou um ensaio para ver se rolava a vibe, e o Rodrigo já chegou com 19 músicas. A gente tacou fogo, tocou quatro horas sem parar. Foi decisivo, encaixou perfeitamente. A partir daquele momento, ele era o cantor e guitarrista do Barão, com toda humildade de reconhecer o legado Frejat."

Leia, abaixo, a íntegra do texto de Rodrigo Suricato sobre sua entrada no Barão Vermelho:
Barão Vermelho e Suricato. Vamos nessa 2017
Recebi o honroso e desafiador convite de cantar e tocar guitarra na maior banda de rock do Brasil, celebrando seus 35 anos de história em 2017. Agora tenho duas casas para me expressar: Barão Vermelho e Suricato. Como artista, naturalmente curioso e interessado, me sinto muito atraído por novas formas de expressão. Toquei e gravei com muita gente, dos estilos mais diversos, e sempre com meu próprio sotaque, sem muita crise de identidade.

Ser plural, musicalmente falando, é a maior prova de fidelidade que posso dar ao artista que sou hoje. 'Ser dois, ser dez e ainda ser um’ como escreveu o Herbert. Eu amo a troca, principalmente quando ela flui de forma não imposta. Quando ela simplesmente “acontece” sem explicar muito. Depois de uma improvável ligação do Maurício Barros ( tecladista ) pisquei o olho para aquele dia 19 de novembro cinza e confuso. Fizemos um ensaio onde lembrei de cabeça de 19 canções sem ter feito nenhum dever de casa. Ok, vamos nessa.

Confesso que é estranho e ao mesmo tempo familiar quando me imagino naquele palco do Cazuza e do Frejat. Dois GRANDES ídolos, insubstituíveis, patrimônios da nossa música. Críticas serão inevitáveis e eu passarinho quanto a isso. Tenho muito respeito pela história do Barão e agradeço o carinho e gentileza do Frejat. Minha intuição é que irei me divertir bastante junto aos queridos Maurício Barros, Guto Goffi, Fernandão Magalhães e Rodrigo Santos.

A fuselagem sólida que faz o Barão Vermelho voar e me recebeu com tanto carinho. Garotada boa e cheia de gás <3
O que temos hoje, pelo menos até agora, é uma grande vontade de levar para o vocês esse incrível repertório. Vamos arrebentar nos shows. O futuro, as canções e as parcerias pertencem ao tempo e só ele dirá.

Que esse mesmo tempo e nossa generosidade permitam a construção de laços fortes para deixar o vôo com a paisagem mais bonita, pelo tempo que for. Agradeço a honra e confiança no meu taco para um momento tão importante da história do grupo. Aos amados fãs da Suricato: A banda segue em todas suas possibilidades, preparando um novo disco para 2017. Iremos nos ver bastante por aí. Enquanto meu coração.

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