Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Entretenimento

/

Concurso de fantasias marcou o Carnaval de Maragojipe 2017

Entretenimento

Concurso de fantasias marcou o Carnaval de Maragojipe 2017

Por: Secom

Foto: Júnior Major

Concurso de fantasias marcou o Carnaval de Maragojipe 2017

A tradicional ‘Passarela dos Mascarados’, na praça de mesmo nome, na cidade de Maragojipe, distante 142 quilômetros de Salvador, voltou a ser ocupada por mascarados e foliões com fantasias criativas produzidas por costureiras e artesãos experientes. A festa integra o programa ‘Outros Carnavais’, da Secretaria de Cultura (Secult), e foi registrada como Bem Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) desde 2009. O Instituto também repassou recursos para apoiar os festejos deste ano, que aconteceram de sábado (25) até terça-feira (28).

“Já ganhei o 1º lugar nas categorias luxo e estilista com fantasias de espanholas”, relata a costureira Antônia Carneiro, que produz roupas carnavalescas há mais de 30 anos. Os trajes têm influências europeias – francesas e italianas – fazendo releituras de personagens da ‘Commedia dell'Arte’ (século XVIII), das ‘caretas’ da década de 1970 na Bahia, mas também com inclusões contemporâneas típicas da globalização, como as máscaras de personalidades, artistas e até políticos.

Tecidos e máscaras

“Costumo cortar os tecidos durante a noite e confecciono a fantasia de dia com equipe de dez a vinte pessoas”, relata a costureira. Ela leva 30 dias para confeccionar as roupas, cobrando R$ 30 para uma fantasia de Pierrot e R$ 60 para uma Colombina. O interessado fornece o tecido e ela assume a mão de obra. “O prazer é ver nossa roupa em desfile nas ruas e no concurso”, comemora Antônia.

Já o artesão Raimundo Barbosa, mais conhecido como ‘Bafão’, confecciona máscaras com chifres de espumas e tecidos por 30 anos. “Aprendi a fazer a partir do modelo de mascarado tradicional, o ‘Boronga’, que já faleceu”, disse Barbosa. Ele dispõe de um ateliê próprio e também vende na rua, com saída de 80 máscaras durante quatro dias de carnaval. “Em Maragojipe existem outros dez fabricantes de máscaras tradicionais”, revela.

Incentivo

De acordo com o diretor geral do Ipac, João Carlos de Oliveira, ao serem registradas como Patrimônios Imateriais, essas festas passam ter prioridade nas linhas de financiamento, sejam elas municipais, estaduais ou federais. “Mas o bem cultural só existe se a comunidade o reconhece como um ato de reafirmação da identidade e cultura local”, explica João Carlos. O Ipac publicou livro sobre o tema, disponível para download.

Relacionados