Jovem brasileiro desenvolve app que concentra denúncias de assédio em transporte

Quase todos os dias aparecem notícias sobre assédios que aconteceram dentro de transportes públicos, especialmente entre mulheres, que enfrentam de cantadas indesejadas a situações mais abusivas. Por isso, é fundamental que sejam elaboradas ferramentas que cataloguem e tornem mais visíveis essas ocorrências.

Foi pensando na insegurança vivida diariamente pela irmã, mãe, namorada e tantas outras mulheres, que o analista de sistemas Renato Sanches, de 26 anos, desenvolveu o HelpMe. O aplicativo tem o objetivo de denunciar e combater os casos de abuso que ocorrem dentro dos transportes públicos da cidade de São Paulo.

As mulheres agradecem

O aplicativo funciona de forma bem simples e prática. São três maneiras de denunciar o assédio. Uma delas é o SMS urgente, que é configurado com um texto padrão: “Estou sofrendo abuso!“. A outra forma é uma mensagem mais detalhadas, com informações específicas, como a roupa do abusador, a linha do trem e a estação.

Para situações de mais perigo, há um botão, que ao ser ativado, aciona uma sirene, que serve para chamar a atenção das pessoas ao redor para o que está acontecendo.

Para todos

O HelpMe não foi desenvolvido apenas para as mulheres. Homens que passem pelo mesmo tipo de situação também podem utilizar o aplicativo. Além disso, é possível denunciar outras cenas que acontecem nos transportes públicos, como uso indevido de assentos preferenciais, vendedores ambulantes, pedintes, ar-condicionado quebrado, furtos, roubos, pregação religiosa, som alto e vandalismo.

O aplicativo está disponível apenas na capital paulista, mas já está sendo desenvolvido para atender outras cidades, como o Rio de Janeiro. O HelpMe pode ser baixado gratuitamente nos sistemas iOS (a partir do 8.2) e Android.

Sempre denuncie

Não custa nada lembrar que sempre que acontecer algum tipo de assédio sexual é importante que você denuncie. Além de buscar pela polícia e pelas autoridades do local para realizar a denúncia, também é possível ligar para o 180, número da Central de Atendimento à Mulher, do Governo Federal.