Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Tecnologia

/

Anuidade dos cartões de crédito sobe 19 vezes mais que inflação em um ano

Tecnologia

Anuidade dos cartões de crédito sobe 19 vezes mais que inflação em um ano

Por: Sites da Web

Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec)com os seis maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú e Santander) verificou que o custo da anuidade de cartão de crédito subiu até 188% entre agosto de 2014 e de 2015.
O aumento nominal é 19 vezes superior à inflação acumulada no período, medida em 9,56%, segundo o  Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

 

O levantamento também observou que cresce o número de opções de cartões oferecidos pelos bancos: só o Itaú tem 141, e o Bradesco, 63.
Juros nas alturas
Além das anuidades, a pesquisa também comparou os reajustes nas taxas de juros dos cartões de crédito dos seis bancos de janeiro – quando a taxa média praticada pelas instituições bancárias passou a ser informada pelo Banco Central – a julho deste ano.

 

 

Segundo dados do Banco Central, em julho, o rotativo do cartão de crédito era a modalidade com pior índice de inadimplência efetiva: 37%. Seguida do cheque especial 14% e aquisição de outros bens 9,9%. Ou seja, mais de um terço dos consumidores que caem no rotativo do cartão não conseguem pagar as faturas em dia.


Para a economista do Idec Ione Amorim, a inadimplência explica-se tanto pelas altas taxas de juros quanto pelo incentivo que os bancos dão ao uso dessa modalidade cara de crédito.


“Nas pesquisas que o Idec está fazendo este ano com esses seis bancos, constatamos que cinco deles enviaram cartão de crédito sem solicitação logo após a abertura de conta. Na segunda fase da pesquisa, três desses bancos recusaram empréstimo pessoal, que tem taxa de juros bem mais baixas, no valor de R$ 300, mas liberaram limites altos de crédito no cartão”, relata a economista.


“Ou seja, há um claro incentivo das instituições financeiras à modalidades mais caras de crédito, sobretudo ao cartão. E o resultado disso é que o consumidor compromete sua renda excessivamente e não consegue pagar suas dívidas”, conclui.

Relacionados