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"Manda nudes": afinal, para quê serve o aplicativo Snapchat?

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"Manda nudes": afinal, para quê serve o aplicativo Snapchat?

Por: Sites da Web

A menos que você seja um adolescente ou goste de acompanhar as redes sociais que surgem a todo momento na internet, é bastante provável que você não saiba exatamente para quê serve o Snapchat.
Lançado no fim de 2011, o aplicativo de enviar fotos e vídeos que desaparecem em segundos se popularizou muito em 2013. Ao ponto de receber, naquele mesmo ano, uma proposta de compra do Facebook de US$ 3 bilhões, que foi recusada — de longe, uma excelente decisão, pois em agosto deste ano, o Snapchat foi avaliado em US$ 15 bilhões, segundo a Forbes.


Mesmo com todo esse reconhecimento, ainda há muitas dúvidas sobre a utilidade do programa. Isso porque grande parte das pessoas não entende o motivo do aplicativo estimular a troca de imagens que somem logo em seguida.
Consciente dessa situação, o fundador e CEO do Snapchat, Evan Spiegel, que tem apenas 25 anos e é o bilionário mais jovem do mundo, segundo a Forbes, fez um vídeo em junho para explicar às pessoas “o que é o Snapchat?”.


Segundo Siegel, o Snapchat é muito ligado às mudanças da fotografia e seus para a sociedade ao longo dos anos. Houve um tempo em que as fotos eram utilizadas apenas para armazenar memórias importantes, mas, hoje, com a popularização dos smartphones, as pessoas utilizam as fotos também para conversar.


“Então quando você vê os jovens tirando várias fotos de coisas que você jamais fotografaria é porque eles estão usando as imagens para conversar. É por isso que as pessoas enviam milhões de fotos no Snapchat todos os dias”, afirma.
Para usar o Snapchat, tudo que o usuário precisa fazer é cadastrar uma conta no serviço e criar uma lista de amigos para seguir, assim como no Twitter. Os amigos do usuário podem ser encontrados através de buscas com os nomes do perfil, pelo número de telefone, por proximidade e até mesmo por meio de uma espécie de QR Code, que pode ser gerado no próprio programa.


Na tela inicial do aplicativo, a câmera do smartphone está sempre ativa, o que agiliza o processo de registrar imagens, que pode ser feito com a câmera frontal ou traseira. Para tirar uma foto, basta que o usuário aperte uma vez o botão de disparo, localizado na parte inferior da tela, bem ao centro. Já para fazer um vídeo, é preciso segurar o mesmo botão e iniciar a gravação, que pode durar até dez segundos.
Com a imagem registrada, o usuário poderá escrever mensagens sobre ela, desenhar e até inserir emoticons, através das ferramentas localizadas no topo da tela a direita. Depois que o conteúdo estiver personalizado, o usuário escolhe se quer compartilhar a imagem apenas com alguns contatos específicos ou se quer coloca-lá no seu mural. Todas essas funções estão localizadas na parte inferior da tela. A flecha para baixo é para fazer o download do conteúdo, o quadrado com um mais no canto significa que aquele vídeo ou foto será adicionado ao "Minha História", enquanto a fecha apontando para a direita permite que o usuário escolha que amigos vão receber aquele conteúdo.


Ao contrário das imagens enviadas individualmente, que são apagadas logo após a visualização, o conteúdo que é adicionado ao mural do usuário pode ser visualizado por todos que o seguem durante 24 horas. A ideia dessa função é permiter que os amigos acompanhe o dia a dia daquele usuário.


É claro que o princípio das fotos que se apagam sozinhas também acaba sendo associado à troca de fotos íntimas na internet – até porque, já dizia o musical 'Avenida Q': “a internet é pornô”. Mas, ainda que o programa seja bastante usado para o envio de nudes — e, inclusive, se preocupe em avisar o usuário sempre que alguém faz uma captura de tela da imagem enviada —, no último ano, o aplicativo recebeu muitas mudanças e se tornou um veículo de mídia com suas próprias peculiaridades.


Além da troca de imagens, o Snapchat oferece uma seção de conteúdo exclusivo chamada “Discover”. Lá é possível encontrar textos e vídeos de grandes produtores de conteúdo parceiros da plataforma, como Cosmopolitan, Vice, BuzzFeed, CNN e MTV.
Lançada em janeiro de 2015, a seção Discover é vista como uma forma de fazer os usuários do programa interagirem mais com a plataforma, afinal, um app de mensagens sempre pode ser substituído, vide o MSN Messenger, da Microsoft, ou mesmo o antológico ICQ. Por isso, investiu-se bastante em conteúdo exclusivo na plataforma, como o clipe da música "Living for love" da Madonna, lançado em primeiro mão no Discover em fevereiro.


Outro tipo de conteúdo em que o Snapchat investiu foi na cobertura de eventos, que é feita pelos próprios usuários do app. Na seção "Ao vivo", é possível encontrar dezenas de gravações e fotos tiradas por pessoas em eventos esportivos ou comemorativos, como finais de campeonato e festas de fim de ano. As imagens divulgadas lá divertem, principalmente por aproximarem os usuários do mundo todo a um evento específico. Na última quinta-feira (22), por exemplo, uma das cidades escolhidas era Dublin, na Irlanda, e foi possível conferir vídeos e fotos que contam sobre a cultura e os costumes do país.
Problemas
Provavelmente por conta das funções adicionais que recebeu no último ano, o Snapchat para Android acabou sendo avaliado como o aplicativo que mais prejudica os smartphones dos usuários. A conclusão foi feita pela AVG Technologies, que aponta falhas no aplicativo em quesitos como “uso inteligente de bateria”, “uso de tráfego de dados” e “consumo de espaço de armazenamento”. No mesmo relatório, ficaram atrás do Snapchat os aplicativos do Facebook e do Spotify
Outro problema enfrentado pelo aplicativo é o fim do seu canal de conteúdo, chamado Snap. A opção ficava junto aos outros canais da seção Discover e também oferecia conteúdo exclusivo, como vídeos de entrevistas e até shows de grandes artistas, mas foi descontinuada no começo deste mês. Talvez como um indício de que essa função não é muito utilizada pelos usuários, que gostam mesmo é de se comunicar por imagens.

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