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Combate ao aquecimento promete melhorar índices econômicos do Brasil

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Combate ao aquecimento promete melhorar índices econômicos do Brasil

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Os investimentos em fontes renováveis de energia são parte da estratégia para gerar empregos e renda

 

Estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenado pelo professor Luiz Pinguelli Rosa, derruba um dos argumentos mais usuais contra a adoção de políticas para a mitigação dos efeitos da mudança climática: o de que haveria impactos negativos na economia. O estudo, que reuniu informações de mais de 100 especialistas, conclui que a efetiva implementação dos compromissos e metas apresentados à ONU pela presidente Dilma em setembro deve contribuir para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país até 2030, para a geração de empregos e para melhorar a renda das famílias.

“O Brasil tem a opção do desenvolvimento sustentável compatível com a redução das emissões, o que podemos chamar de economia verde. Podemos desenvolver este país, aumentar o número de empregos e a produção ao mesmo tempo em que reduzimos as emissões”, comemora Pinguelli, também secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, que reúne órgãos de governo e representantes da sociedade civil.

“Eliminou-se a dualidade estabelecida pelos estudos feitos até aqui, de que haveria um trade off, ou seja, a diminuição do desenvolvimento econômico do país. Estamos mostrando que há caminhos possíveis, em que os índices econômicos e sociais podem melhorar, ao mesmo tempo em que se reduzem as emissões. Isso é um resultado novo, contrastante”.

O professor ressalta que o estudo procurou não recorrer a medidas de difícil implementação. “Buscamos soluções factíveis e compatíveis com o crescimento econômico. São números compatíveis. Não fazemos previsões, são cenários possíveis. Tudo foi pensado tendo em vista a capacidade técnica de realização, inclusive em relação a custos. Mas é preciso haver vontade política, e o discurso da presidente na ONU aponta nesta direção”.

No melhor cenário apontado pelo estudo, em 2030 o PIB brasileiro será 2,46% maior se o governo aplicar novas medidas de mitigação além das apresentadas à ONU, principalmente em relação ao uso de biomassa e de fontes de energia renovável em substituição ao uso de combustíveis fósseis, à recuperação de pastagens e ao reflorestamento de áreas desmatadas. Se o governo cumprir apenas o que está estabelecido no documento de compromissos do Brasil, o PIB será 0,77% maior do que se as medidas não fossem adotadas, de acordo como estudo.

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