Em situação de rua, ator diz que recebeu R$ 5 mil por Cidade de Deus

(Foto: reprodução)

Rubens Sabino da Silva ficou conhecido ao interpretar Neguinho no longa Cidade de Deus, onde é secundário em uma das cenas mais lembradas do filme: “Dadinho é o caralho, meu nome agora é Zé Pequeno”. Ele é o ator que escuta a famosa frase do protagonista.

No entanto, mesmo com o sucesso estrondoso do filme, o ator se encontra em situação de rua atualmente. “O filme é um dos mais vistos até hoje, foi indicado quatro vezes ao Oscar. Eu virei um morador de rua famoso, mas não rico, enquanto Cidade de Deus arrecadou milhões. Na época, ganhei um cachê de R$ 5 mil. Com a nota do contador, passou pra R$ 4,5 mil”, declarou o ator, em entrevista ao Extra.

Rubens integrou o elenco do longa aos 18 anos de idade, quando andava pelas ruas da Lapa, no Centro do Rio de Janeiro, e viu que aconteceria um teste para Cidade de Deus na Fundição Progressos. Foi aprovado e participou do filme.

Em 2003, o ator retornou à mídia, mas não por causa de sua arte: Rubens foi pego ao roubar a bolsa de uma mulher em um ônibus na Avenida Niemeyer, Zona Sul do Rio. Na ocasião, ele disse que estava sem comer há vários dias. “Cometi um crime e me arrependo muito. Eu era muito moleque, fiz essa idiotice. Quando o camarada tem a ficha limpa, pode fazer concurso público. Eu não posso mais”, lamentou.

O ator, inclusive, não gostou do tratamento que recebeu dos produtores de Cidade de Deus após a repercussão do caso e cortou os laços com todos que participaram da premiada produção brasileira.

“Depois que eu fui preso, a produção de Cidade de Deus me embarcou para Belém do Pará e fiquei três anos internado em um centro de recuperação. Como é que um ator assiste à premiação do Oscar de um filme de que ele é um dos principais dentro de uma clínica de reabilitação? Eu vi pela televisão a festa acontecendo em um hotel aqui do Rio, todos reunidos, e eu afastado. Era para ser o auge da minha vida. Eu me fechei para tudo, não tenho contato com mais ninguém do elenco.” Fonte: Metrópoles*

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