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Moraes afasta Ibaneis do governo do DF e lança pacote para desocupar QGs e prender extremistas

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Moraes afasta Ibaneis do governo do DF e lança pacote para desocupar QGs e prender extremistas

Ordem foi expedida na madrugada entre domingo e segunda-feira.

Por: Pesquisa Web

Alexandre de Moraes. (Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE)

Ainda na madrugada de domingo para segunda-feira (09), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo pelo prazo inicial de 90 dias. Neste domingo, por negligência das forças policiais da capital federal, os prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do próprio Supremo foram invadidos e depredados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação é do Valor Investe*

Segundo Moraes, essa escalada dos atos de violência "somente poderia ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira".

O ministro apontou que "a omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência" ficaram demonstradas por três motivos: a ausência de um policiamento adequado, especialmente pelo comando de Choque da Polícia Militar; a autorização para a entrada de mais de cem ônibus na capital federal, "sem qualquer acompanhamento policial, mesmo sendo fato notório que praticariam atos violentos e antidemocráticos"; além da "total inércia" no encerramento do acampamento em frente do quartel-general do Exército, "mesmo quando patente que o local estava infestado de terroristas, que inclusive tiveram suas prisões temporárias e preventivas decretadas".

Dissolução de acampamentos

Alexandre de Moraes adotou uma série de outras medidas para tentar conter a atuação de grupos extremistas no país. A primeira delas é a "desocupação e dissolução total", em 24 horas, de todos os acampamentos montados em frente a quartéis generais (QGs)do Exército em diferentes capitais.

Na decisão, ele também determinou a prisão em flagrante de todos os participantes desses movimentos, pela prática de diversos crimes como terrorismo, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.

"A operação deverá ser realizada pelas Polícias Militares dos Estados e DF, com apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário, devendo o Governador do Estado e DF ser intimado para efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal", escreveu.

Moraes também intimou o ministro da Defesa, José Múcio, para que ele determine aos militares "todo o apoio necessário às Forças de Segurança".

O ministro também proibiu a entrada, até o dia 31 de janeiro, de ônibus e caminhões com manifestantes no Distrito Federal. Além disso, mandou apreender 87 ônibus já identificados pela Polícia Federal, que, segundo ele, "trouxeram os terroristas" para a capital federal.

Ele também determinou que a Polícia Federal obtenha todas as imagens das câmeras do Distrito Federal que "possam auxiliar no reconhecimento facial dos terroristas que praticaram os atos do dia 8 de janeiro", além da lista de hóspedes que chegaram ao Distrito Federal a partir da última quinta-feira. Moraes também quer usar os bancos de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por ele, para a identificação dos golpistas.

Em outra frente, Moraes determinou o bloqueio de 18 perfis no Facebook, Twitter, Instagram e Tik Tok.

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