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A suspeita é que bola de ferro no interior do planeta altere sentido de rotação de 70 em 70 anos.
Por: Pesquisa Web
Em um artigo publicado na Nature na segunda-feira (23), Yi Yang e Xiaodong Song, cientistas da Universidade de Pequim, na China, defendem que o núcleo interno do planeta Terra pode estar parando de girar ou, até mesmo, mudando o sentido de sua rotação.
Alguns passos para trás são necessários para entender todas as nuances da novidade: em 1996, Song e o sismólogo Paul Richards foram responsáveis por uma das maiores descobertas científicas no ramo até os dias de hoje: a de que a esfera de ferro sólido no núcleo interno da Terra gira separadamente com relação ao resto do planeta.
Desde o achado dos anos 90, vários estudos foram conduzidos para tentar entender melhor a dinâmica encontrada pelos dois cientistas, e os pesquisadores descobriram que era possível medir a velocidade de rotação do interior do planeta por meio do tamanho de ondas de abalos sísmicos específicos que atravessam o núcleo da Terra.
Olhando para abalos de 1967 e de 1995, o raciocínio era o seguinte: se as ondas tivessem se alterado entre as duas medições, a rotação do núcleo também deveria ter mudado durante o intervalo — foi exatamente o que aconteceu.
Agora, em medições recentes, utilizando a mesma técnica dos anos 90, veio a informação de que as ondas apresentaram pouca ou quase nenhuma alteração nas últimas décadas, o que indica que o núcleo mais profundo do planeta Terra está girando cada vez mais lentamente ou até parando.
Desde cerca de 2009, os caminhos que anteriormente mostravam variação significativa exibiram pouca ou nenhuma mudança, dizem os cientistas.
“Esse padrão globalmente consistente sugere que a rotação do núcleo interno parou recentemente”, escrevem Yang e Song.
Ainda é cedo para cravar os motivos que levam a grande bola de metal a mudar sua rotação. Por enquanto, os principais suspeitos são pequenas alterações no campo magnético, na temperatura global e no nível do mar.
Em uma visão mais ampla, os pesquisadores acreditam que a rotação obedece a ciclos de cerca de 70 anos, oscilando para frente e para trás.
“Essas observações fornecem evidências de interações dinâmicas entre as camadas da Terra, desde o interior mais profundo até a superfície”, concluem. Fonte: Terra*
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