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Inverno será diferente no Brasil por causa do La Niña

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Inverno será diferente no Brasil por causa do La Niña

A previsão é de temperaturas acima da média e pouca chuva no território brasileiro.

Por Camaçari Notícias

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O inverno começou oficialmente nesta quinta-feira (20). A estação seguirá até o dia 22 de setembro e será um tanto um pouco atípica no Brasil. A previsão é de temperaturas acima da média e pouca chuva no território brasileiro.

Meteorologistas explicam que dois fatores serão os principais responsáveis pelas temperaturas anormais e chuvas irregulares. Em primeiro lugar, a persistência dos bloqueios atmosféricos fará com que um número menor de massas de ar frio consiga avançar para o interior do país.

Além de impedir a diminuição das temperaturas, a circulação desses sistemas poderá, inclusive, causar ondas de calor em pleno inverno.

Por outro lado, as águas aquecidas do Oceano Atlântico, resultado da atuação do El Niño, irão alterar os padrões esperados para o inverno, com menos frentes frias de grande intensidade chegando ao país.

Isso não significa que não teremos dias frios no Brasil. No entanto, a duração deles deve ser menor do que o normal.

O litoral do Nordeste deve enfrentar altos volumes de chuva no mês de julho. Isso acontece em função das águas aquecidas do Oceano Atlântico.

Apesar da possibilidade de fortes chuvas, a previsão é de precipitação abaixo da média durante o inverno. Este cenário pode amplificar os impactos das queimadas, especialmente no Pantanal, com perspectiva de um maior número de focos de incêndio na comparação com 2023.

O inverno ainda deve registrar o surgimento do La Niña entre a segunda quinzena de julho e o início de agosto. O fenômeno tem o efeito inverso do El Niño e é caracterizado pelo diminuição igual ou maior a 0,5°C nas temperaturas águas do oceano.

No Brasil, o La Niña deve causar aumento de chuvas no Norte e no Nordeste, tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares, tendência de tempo mais seco no Sul e condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.

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