Ministério da Saúde confirma duas mortes por febre oropouche no Brasil

O Ministério da Saúde confirmou duas mortes por febre oropouche no Brasil, ocorrendo em mulheres jovens sem comorbidades, cujos sintomas se assemelhavam aos da dengue grave. Há também uma morte suspeita em Santa Catarina e um óbito descartado no Maranhão. Além disso, estão sendo investigados seis casos de transmissão vertical da doença, com registros de mortes neonatais, aborto espontâneo e anomalias congênitas.

O governo federal recomenda intensificar a vigilância em gestantes e monitorar bebês expostos. As secretarias estaduais e o Ministério da Saúde estão realizando análises para verificar possíveis associações entre a febre oropouche e complicações como malformações ou abortamentos. A situação é monitorada pela Sala Nacional de Arboviroses e por visitas técnicas.

Desde o ano passado, o Ministério disponibiliza testes diagnósticos para todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), o que ajudou a identificar casos fora da região Norte. Em 2024, foram registrados 7.236 casos em 20 estados, com maior incidência no Amazonas e Rondônia.

A febre oropouche é causada pelo vírus orthobunyavirus oropoucheense, transmitido principalmente por mosquitos, com macacos e bichos-preguiça como hospedeiros. Os sintomas incluem dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia, semelhantes aos da dengue e chikungunya. O vírus foi detectado no Brasil pela primeira vez em 1960 e desde então tem sido registrado em surtos localizados na região amazônica.

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