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Cientistas da USP vão estudar cérebro de Maguila em projeto pioneiro no Brasil

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Cientistas da USP vão estudar cérebro de Maguila em projeto pioneiro no Brasil

O lutador faleceu na última quinta-feira (24).

Por: Sites da Web

Foto: Reprodução/Web

A Universidade de São Paulo (USP) anunciou na sexta-feira (25) um novo projeto que poderá trazer avanços para a ciência esportiva e medicina preventiva: a análise do cérebro do ex-boxeador brasileiro Maguila, uma lenda do esporte nacional, que faleceu na última quinta-feira (24).

Maguila será o primeiro brasileiro a ter o cérebro estudado para o diagnóstico da Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), uma doença degenerativa comum entre atletas de alto impacto, como lutadores e jogadores de futebol americano.

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Maguila, cujo nome verdadeiro era Adilson Rodrigues, revelou em 2018 que sofria de ETC e expressou o desejo de doar doar seu cérebro para estudos clínicos.

Essa iniciativa inédita visa não apenas entender os danos causados por traumas repetitivos no cérebro de atletas, mas também desenvolver novas abordagens preventivas e de tratamento para o público em geral. “Este é um passo histórico para a ciência esportiva no Brasil, além de ser uma homenagem ao legado de Maguila nos ringues”, afirmou um dos pesquisadores envolvidos.

Com o apoio da família do ex-boxeador,  o estudo se torna um marco no avanço científico do país.

A doação do cérebro do ex-boxeador Maguila para estudos na Universidade de São Paulo (USP) destaca um importante avanço na pesquisa de doenças neurológicas no Brasil. A ação, realizada após a sua cerimônia fúnebre, ilustra a contribuição significativa de Maguila para o avanço da ciência, especialmente no estudo da Encefalopatia Traumática Crônica (ETC).

Maguila, cujo nome verdadeiro era Adilson Rodrigues, revelou em 2018 que sofria de ETC, uma doença degenerativa associada a traumas repetidos na cabeça, características comuns em esportes de contato como o boxe. A doação de seu cérebro para o banco de órgãos da USP é um passo crucial para aprofundar a compreensão dessa condição debilitante.

O banco de cérebros da USP, gerido pelo Laboratório de Fisiopatologia no Envelhecimento (Gerolab), é o único no país dedicado ao estudo de doenças neurológicas por meio de amostras reais. O procedimento rigoroso de retirada e análise do cérebro permite acessar informações valiosas. O órgão passa por um processo de fixação em substâncias químicas para endurecimento, permitindo que as lâminas finas sejam examinadas em microscópios, sem marcas visíveis no corpo.

Maguila não está sozinho nesse gesto altruísta. Outros ícones esportivos brasileiros, como Bellini, capitão da seleção na Copa do Mundo de 1958, e Éder Jofre, outro renomado boxeador, também tiveram seus cérebros doados para este banco de pesquisas. Esse conjunto de amostras não apenas expande a abrangência dos estudos, mas também reforça a correlação entre diagnósticos clínicos e póstumos, que têm mostrado uma precisão de mais de 80% para condições como a ETC e o Alzheimer.

Com essa análise, a equipe da USP espera abrir caminho para uma compreensão mais profunda da relação entre o esporte e a saúde neurológica, incentivando a busca por políticas de prevenção para atletas.

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