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Com essa iniciativa a companhia busca melhorar a competitividade no mercado e solucionar gargalos logísticos
Por CN com Assessoria de Comunicação
Cerca de dois meses após ter recebido a outorga pela ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) para se tornar uma EBN (Empresa Brasileira de Navegação), a Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, iniciou suas próprias operações de cabotagem. A estimativa da petroquímica é que haja uma economia de aproximadamente R$ 10 MM por ano com as operações marítimas. E, com a nova operação, a companhia também estima reduzir, com este primeiro navio, a emissão de 1.800 toneladas de CO2, por meio de otimização no tempo de ociosidade.
A primeira operação própria de cabotagem da Braskem ocorreu em 27 de setembro, entre a Bahia e o Rio de Janeiro. Nesta rota, o navio Costa do Futuro, com capacidade para 4.900 toneladas, transportou Propeno, saindo do Porto de Aratu, em Candeias com destino ao porto do Rio. "Esse é um marco para a Braskem, pois há mais de quatro anos planejávamos ter nossa própria gestão de cabotagem. Com isso, vamos aumentar a nossa eficiência logística, área estratégica para o negócio, além de diminuir a emissão de gases do efeito estufa no meio ambiente, conquistando uma operação cada vez mais eficiente e sustentável", afirma Eduardo Ivo Cavalcanti, gerente de logística da Braskem.
A companhia só conseguiu se tornar uma EBN após a flexibilização da Lei 4199/20, que criou o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem, também conhecido como Programa BR do Mar. "A lei acabou com a necessidade de comprovar a posse de embarcações brasileiras, como exigia a legislação anterior", explica Cavalcanti.
Antes de se tornar uma EBN, a Braskem utilizava uma embarcação com tripulação estrangeira. Com isso, a cada três meses, era preciso que o navio saísse do Brasil para realizar a renovação do visto, obrigatória para embarcações internacionais. Já com a operação própria de cabotagem, a Braskem pode alugar ou possuir navios, com tripulação contratada para realizar o transporte marítimo de produtos, o que impacta também na geração de renda local, já que a tripulação contratada - duas turmas de 16 pessoas - é toda brasileira.
Embarcações próprias
O próximo passo agora é a construção de navios próprios, o que representa uma importante vantagem comercial para a Braskem. "É algo que nos torna um player no transporte marítimo brasileiro e mundial, permitindo que ofereçamos serviços para companhias terceiras", destaca Eduardo. A primeira embarcação própria será entregue em janeiro de 2025, enquanto já há outra prevista para março, ambas destinadas ao trading internacional. Além desses já existem mais dois navios encomendados para 2026. Com a confirmação da Braskem como EBN, já foram iniciados os estudos para construção de navios para cabotagem brasileira, com horizonte de três anos para projeto e construção.
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