Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de execução de Lula
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Indiciamento de militares por suposto plano de golpe atinge em cheio a cúpula do Exército Brasileiro
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Com 25 militares entre os indiciados, incluindo sete generais, suposto plano de golpe expõe crise na cúpula do Exército Brasileiro.
Por Camaçari Notícias
Dos 37 indiciados por supostamente participarem de um plano de golpe no Brasil, 25 são militares, sendo que 13 estão na ativa do Exército Brasileiro. A maioria dos investigados ocupa altas patentes, como coronéis e tenentes-coronéis, que já haviam sido apontados em investigações anteriores, seja por estarem entre os alvos de operações ou devido à quebra de sigilo de documentos.
Entre os indiciados, estão sete generais, incluindo figuras que exerceram cargos de destaque no governo Bolsonaro. Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Walter Braga Netto foram ministros da Defesa, sendo que este último também foi chefe da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022. Augusto Heleno comandou o Gabinete de Segurança Institucional, enquanto Mário Fernandes chegou a ser ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência.
O Exército, que atualmente possui cerca de 200 mil integrantes e 120 generais, ainda não tomou medidas de afastamento formal contra os indiciados. Fontes ouvidas pela imprensa indicam que a instituição aguarda uma decisão mais clara, possivelmente do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que pode determinar uma medida cautelar nesse sentido.
Mesmo entre os militares de alta patente, nenhum ocupa atualmente cargos considerados sensíveis ou estratégicos. É o caso do general Nilton Diniz Rodrigues, comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, localizada em São Gabriel da Cachoeira (AM). No passado, ele liderou o 1º Batalhão de Forças Especiais e o Comando de Operações Especiais, em Goiânia (GO), unidades que seriam centrais em qualquer planejamento militar.
Um dos principais nomes do inquérito é Mauro Cid, tenente-coronel e colaborador da Polícia Federal. Ele foi ouvido novamente nesta quinta-feira (21) pelo ministro Alexandre de Moraes, que manteve os termos de sua delação premiada. Cid já está afastado de suas funções, mas suas declarações têm ampliado o alcance das investigações.
Além dos generais, o levantamento das patentes dos militares indiciados revela:
O indiciamento coloca em xeque a imagem do Exército e gera receio entre os militares sobre os possíveis danos à instituição. Enquanto o processo segue em curso, a corporação enfrenta o desafio de lidar com as consequências internas e externas dessa crise sem precedentes.
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