Com mudança de foro, STF retoma julgamento de Geddel e Lúcio Vieira Lima por rachadinha e lavagem de dinheiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou investigações anteriormente transferidas para a primeira instância, após revisar seu entendimento sobre o alcance do foro privilegiado. Entre os processos que voltaram à Corte estão casos envolvendo os ex-ministros Ricardo Salles e Geddel Vieira Lima, o ex-deputado Deltan Dallagnol e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, segundo informações do jornal O Globo.

Em março, por 7 votos a 4, o STF decidiu ampliar o alcance do foro especial e definiu que crimes relacionados ao exercício do cargo devem permanecer sob sua jurisdição, mesmo após o fim do mandato. Antes dessa mudança, autoridades como o presidente da República, ministros, senadores e deputados só eram julgados pelo Supremo enquanto exerciam suas funções. Com o novo entendimento, investigações e ações penais iniciadas após o término do mandato também poderão permanecer no STF, desde que estejam vinculadas às atividades desempenhadas durante o período no cargo.

No caso de Geddel Vieira Lima e de seu irmão, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, duas investigações seguem em curso. Uma delas apura suspeitas de rachadinha no gabinete de Lúcio na Câmara dos Deputados; a outra investiga possível lavagem de dinheiro por meio de vendas fictícias de gado e contratos simulados de aluguel de equipamentos agrícolas. Ambos negam envolvimento em qualquer irregularidade.

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