BYD pressiona governo brasileiro por redução de tarifas de importação de veículos desmontados

A montadora chinesa BYD, que vem expandindo sua presença no mercado automotivo brasileiro, protocolou junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) um pedido formal para a redução das tarifas de importação de veículos desmontados nos regimes CKD (completely knocked-down) e SKD (semi knocked-down). A iniciativa da fabricante busca reduzir a alíquota atual de 35% para 10%, com foco em modelos híbridos plug-in e picapes com cabine dupla.

A proposta, apresentada entre fevereiro e março deste ano, entrou em consulta pública e gerou reações distintas no setor. De um lado, a BYD argumenta que a medida é fundamental para viabilizar sua estratégia de industrialização e competitividade no Brasil, enquanto a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) se posiciona contrária, temendo prejuízos à cadeia produtiva nacional.

O MDIC informou que os pedidos seguem em consulta pública até os dias 11 de abril e 1º de maio, conforme os respectivos modelos. Após esse período, caberá à Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) avaliar tecnicamente a solicitação e deliberar sobre a possibilidade de revisão tarifária.

O caso reacende o debate sobre o equilíbrio entre atração de investimentos internacionais e a proteção da indústria nacional. Especialistas apontam que decisões como essa podem moldar o futuro do setor automotivo brasileiro, principalmente em um cenário de transição energética e demanda crescente por tecnologias limpas.

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