Mais de 100 sites falsos foram criados para roubar credenciais de usuários do Pix

O número de sites falsos para roubar credenciais bancárias dos futuros usuários do Pix mais do que triplicou em uma semana, superando cem links, alerta a Kaspersky. Fabio Assolini, analista sênior de segurança da empresa, conta que domínios usam Pix no nome, como “pixjuridico.com” ou “cadastropix.com”, para convencer a vítima a fazer o cadastro.

A criação de sites separados para o cadastro do Pix por alguns bancos facilitou o trabalho dos golpistas. “Isso acaba confundindo o público”, diz. “O ideal é que todo pré-cadastro seja feito dentro do aplicativo e no site do banco.”

Para tentar blindar os usuários, a InLoco checa a validade da transação com base na localização do consumidor. “Mesmo que o fraudador tenha conseguido roubar as credenciais verificamos que o celular não é o mesmo e a localização tampouco é a usual do cliente”, explica André Ferraz, presidente da startup.

O executivo afirma que uma das táticas dos golpistas é simplesmente colar um QR Code falso na loja. “Como a razão social é diferente do nome fantasia, fica difícil o consumidor identificar se está pagando para a loja, ou não.”

O maior desafio, segundo o executivo, é identificar uma fraude de forma tão instantânea como o Pix, evitando falsos positivos. “O custo não está na fraude em si, mas no risco de negar bons clientes”, nota Ferraz. A empresa vem trabalhando com bancos e varejistas no sistema de geolocalização para o Pix.

Transações de clientes do sistema bancário como TEDs e DOCs formam a base da empresa de análises SAS para prever fraudes no novo sistema. Para a população não bancarizada que o Pix pretende alcançar, a análise vai partir de dados de birôs de crédito, informa Mauro Souza, consultor da empresa. Segundo ele, o SAS vem trabalhando com bancos na implantação de modelos estatísticos e aprendizado de máquina.

A Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) estreou serviços de prevenção a fraudes em parceria com a ClearSale. A CIP já conta com 1.400 instituições que atende pelo Sistema de Transferência de Reservas (STR) do Banco Central, como potenciais clientes. Fonte: Valor Investe*