Em guerra com a milícia, bandidos sequestram líder ao se passarem por policiais
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As vítimas eram conquistadas com ato carinhosos.
Por Sites da Web
(Foto: reprodução/Youtube)
Carinho, dedicação e romantismo eram características que compunham traços da personalidade adotada pelo falso policial “Don Juan” Samuel Carlos da Silva Batista, 31 anos, para conquistar suas vítimas. Ganhar a confiança e enganar as mulheres ao ponto de conseguir arrancar grandes quantias faziam parte da estratégia do golpista. A matéria é do Portal Metrópoles*
O falso PM costumava elaborar decorações apaixonadas para todas as namoradas que mantinha simultaneamente em sua vida. Caminho com pétalas de rosas, balões vermelhos em forma de coração e declarações de amor enfeitavam as camas nos vários “ninhos de amor” que o estelionatário frequentava.
Uma das vítimas que amargou enormes prejuízos financeiros chegou a filmar quando foi surpreendida pelo “policial fake do amor”. A cama havia sido decorada com os dizeres “eu te amo”, enquanto as paredes tinham recebido fitas e balões vermelhos. Sobre a cama havia sempre um presente.
Várias fardas
Segundo uma empresária de Ceilândia, que se relacionou com Samuel durante dois anos e perdeu R$ 26 mil, o falso policial incorporava o personagem e todos que o cercavam, a exemplo de amigos e familiares, acreditavam que ele integrava as forças da segurança pública.
“Amigos há mais de oito anos acreditavam, de fato, que ele era policial. Ele não enganava apenas as namoradas, iludia a todos”, disse a vítima.
De acordo com a ex-namorada, o golpista passava dias sem aparecer com a desculpa que estava participando da caçada ao serial killer Lázaro Barbosa que ocorria no Entorno do DF e durou 20 dias. “Ele é tão picareta que chegava ao ponto de voltar para casa e tomar remédio para carrapato, além de entregar a farda toda suja e cheia de carrapicho pedindo para que eu lavasse”, desabafou a vítima.
Os golpes
Para cada personagem encenado, Samuel usava diferentes fardas. Apenas uma das vítimas amargou um prejuízo de R$ 90 mil. Nas delegacias do DF, são pelo menos quatro ocorrências contra o homem. A Justiça chegou a expedir medida protetiva para uma das vítimas.
Quando uma das enganadas desconfiou, a rede de mentiras foi desmantelada e uma enxurrada de ocorrências registradas em diferentes delegacias da Polícia Civil do DF. O modus operandi do estelionatário era sempre o mesmo: conhecia as vítimas por meio de um aplicativo de relacionamento – normalmente o Tinder – ou por intermédio de amigos em comum. Sedutor, o larápio logo passava a fazer parte da vida delas.
Depois de alguns meses de namoro, o golpista colocava em prática a estratégia para arrancar dinheiro. Apesar de supostamente integrar as fileiras da PMDF ou da PMGO, o estelionatário fingia estar com as contas bancárias bloqueadas. “Ele ganhava a confiança, era carinhoso, amoroso, e fazia todas as vontades. Depois de algum tempo, começava a pedir R$ 2 mil, R$ 3 mil, e até carros”, contou uma empresária ouvida pela coluna que passou dois anos namorando o golpista e perdeu R$ 26 mil.
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