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MPF denuncia três pessoas pelos assassinatos de Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira

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MPF denuncia três pessoas pelos assassinatos de Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira

O crime aconteceu em junho deste ano.

Por Pesquisa Web

(Foto: Igo Estrela/Metrópoles)

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nessa quinta-feira (21/7), três acusados pelas mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. O órgão ofertou a acusação ao juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), onde o processo tramita. A ação segue em segredo de Justiça.

Já sob custódia da Polícia Federal, estavam Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Dantos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha. Se condenados, eles responderão por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver pelos assassinatos do indigenista e do jornalista.

O crime aconteceu em junho, quando os dois viajavam pelo Vale do Javari, no Amazonas, realizando entrevistas com a comunidade indígena da região.

Na denúncia, o MPF se embasou nas confissões de Amarildo e Jefferson, enquanto Oseney teve a participação comprovada por depoimentos de testemunhas. O documento ainda expõe prints de conversas e cita os resultados de laudos periciais, com a análise dos corpos e objetos encontrados pelos investigadores.

De acordo com o relatório do Ministério Público Federal, o fator motivador do crime foi uma foto em que Bruno pediu para Dom registrar o barco dos acusados. O órgão classificou o crime como motivo fútil e, com isso, os criminosos podem ter a pena agravada.

O MPF destaca que a forma utilizada para assassinar Bruno, com um tiro nas costas, também é um fator qualificador, já que a vítima não teve nenhuma possibilidade de defesa.

O trabalho de apuração e elaboração da denúncia foi conduzido pela procuradora natural do caso, Nathália di Santo, lotada em Tabatinga, com a participação de quatro procuradores da República do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri: Samir Nachef Júnior, Edimilson da Costa Barreiro Júnior, Bruno Silva Domingos e Ricardo Pael Ardenghi.

Entenda

Phillips, 57, e Pereira, 41, desapareceram em 5 de junho, no fim de um curto trajeto pelo rio Itaquaí. Pereira acompanhava Phillips em viagem de reportagem para um livro sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia, mas o barco não chegou a Atalaia do Norte, conforme programado.

O desaparecimento foi comunicado às autoridades e à imprensa pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Lideranças indígenas atuaram nas buscas ao lado das autoridades.

O exame médico-legal, realizado pelos peritos da PF, indicou que a morte de Dom Phillips foi causada por traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça. Foram identificados “múltiplos balins” (múltiplos projéteis de arma de fogo), ocasionando lesões na região abdominal e torácica. Ele foi atingido com um tiro.

A morte de Bruno Pereira foi causada, segundo os peritos, por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, “que ocasionaram lesões no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”. Fonte: Metrópoles*

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