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Saúde
O diagnóstico precoce possibilita um tratamento menos agressivo
Por: Camaçari Notícias
Chirley Campos recebeu o diagnóstico positivo para o câncer de mama em agosto de 2021 (Foto: Jefferson Sena)
O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo e segundo o Instituo Nacional do Câncer (INCA) para 2022 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres.
O diagnóstico precoce através da mamografia, ou até mesmo do autoexame possibilita um tratamento menos agressivo e há uma maior chance de preservação da mama. Quem já passou por essa fase garante que há muito o que aprender durante a jornada.
Em agosto de 2021, Chirley Campos, 48 anos, recebeu o diagnóstico positivo para o câncer de mama. Foi durante o banho, fazendo o autoexame que a cabeleireira, natural do município de Mata de São João, detectou o nódulo no seio direito.
“Descobri o câncer fazendo o autoexame durante o banho, foi quando eu notei que tinha um nódulo na mama direita. Fui ao postinho da minha cidade e a médica fez o exame e notificou a existência do nódulo na mama e que estava um pouco grande. A médica me encaminhou a vários exames onde foi dado o diagnóstico positivo para o câncer”, conta Campos.
No primeiro momento, quando soube que teria que enfrentar 8 sessões de quimioterapia o sentimento foi de angustia, mas Campos relata que precisou ser forte e concentrar os pensamentos no tratamento e na cura. “Eu fui para o mastologista pegar o resultado preparada, pois eu já sabia que a categoria era BI-RADS 4. Eu penso que o diagnóstico para qualquer doença não é um simples diagnóstico, a gente precisa trabalhar a nossa mente, pois se nossa mente adoece a estrutura vai ser zero. A gente não vai querer se tratar, não quer ver ninguém e a tendência é se isolar, e é o que ocasiona a morte, pois a nossa mente controla nosso corpo”, ressalta.
A cabeleireira que além de cuidar e tratar os cabelos das clientes e que mantinha o próprio cabelo sempre arrumado teve que lidar logo após a primeira sessão de quimioterapia com a queda dos fios. “Eu era completamente fascinada pelo meu cabelo, meu cabelo vivia feito 24 horas por dia. Eu primeiro cortei o cabelo quando descobrir que estava doente. Quando o meu cabelo caiu foi após a primeira sessão da quimio, eu relato tudo isso no meu próprio instagram. Foi uma mistura de sentimentos: medo, angustia e desespero”, afirma.
O apoio da família foi fundamental em todos os processos e etapas do tratamento. “Eu consigo enxergar Deus em tudo nessa luta contra o câncer. Nos meus amigos, na minha família com tanto cuidado e amor, eles são a base para o enfrentamento à doença”, dispara.
Hoje, Chirley enfrenta mais uma etapa da batalha contra o câncer. “Após a cirurgia de quadrantectomia, retornei a mastologista para mostrar o resultado da biopsia do nódulo que foi retirado. A médica me encaminhou para a oncologista me informando que o que tinha ficado resolveria com as radioterapias. Porém a oncologista não aceitou e me encaminhou novamente para a mastologista solicitando uma nova cirurgia de ampliação das margens profundas, que será realizada no dia no próximo dia 02 de novembro. Ainda falta muito, mais sigo confiante que ocorrerá tudo certo. Depois do resultado da nova cirurgia, ainda irei passar pelas rádios, e o uso de medicação durante cinco anos”, relata
Chirley é mãe, pedagoga, palestrante, que após o diagnóstico tem usado as redes sociais para conscientizar mulheres e fortalecer outras que estão passando pelo mesmo processo. “Tenho usado as redes sociais para ajudar algumas mulheres que estão enfrentando o câncer de mama. Tem muitas mulheres em nossa cidade na luta contra a doença. Muitas mulheres com medo do diagnóstico, medo de tentar sobreviver e de lutar contra a doença. A gente não nasceu com ela e temos chances de cura. Eu vivo a minha realidade, lutando contra a doença e ajudando outras mulheres”, afirma.
Histórias como a de Chirley, em algum momento, se unem as de outras mulheres que são protagonistas da própria vida, lutando para vencer desafios, como o câncer de mama, encorajando outras mulheres a lutarem pela cura, priorizando se tornar uma pessoa melhor a cada dia. “O câncer me fez enxergar a vida com outro olhar, um olhar mais sensível. Hoje tenho mais empatia com o ser humano, hoje sou uma pessoa completamente diferente e quando isso terminar serei melhor ainda”, conclui.
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