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'Pílula do Câncer': medicamento não é eficaz para tratamento da doença, alerta Anvisa

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'Pílula do Câncer': medicamento não é eficaz para tratamento da doença, alerta Anvisa

Agência emitiu nota esclarecendo que venda do medicamento não é autorizada e eficácia dele nunca foi comprovada.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Freepik

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu uma nota nesta terça-feira (23) em que esclarece que a fosfoetanolamina, conhecida como a “pílula do câncer’, não possui autorização ou registro para uso como suplemento alimentar ou medicamento no Brasil. Por isso, a venda do composto é proibida no país.

A Agência ainda alerta sobre os riscos do uso de medicamentos não registrados. “Esses produtos podem interferir negativamente nos tratamentos convencionais, além de apresentar riscos de contaminação. É crucial que os pacientes não abandonem tratamentos médicos estabelecidos para utilizar terapias não autorizadas e de eficácia desconhecida, como é o caso da fosfoetanolamina”, diz o texto.

Outro ponto destacado na nota é a disseminação de fake News sobre a pílula nas redes sociais. “Propagandas nas redes sociais que sugerem que a fosfoetanolamina combate o câncer ou qualquer outra doença, atribuindo-lhe propriedades funcionais ou de saúde, são irregulares e enganosas”, afirma a agência.

A “pílula do câncer”, como ficou conhecida, ganhou popularidade em 2015 e desde então é alvo de notícias falsas e enganosas. O benefício do medicamento para o combate ao câncer nunca foi comprovado. Em 2017, um estudo com a substância foi suspenso pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo diante dos resultados iniciais, que não indicaram o benefício clínico esperado aos pacientes. A pesquisa tinha sido iniciada a pedido do governo de São Paulo.

O medicamento começou a ser pesquisado no início dos anos 1990 pelo cientista e professor aposentado de química da USP (Universidade de São Paulo) Gilberto Chierice. Ele distribuía gratuitamente o remédio para pacientes com câncer terminal. Mas em 2014, a universidade proibiu a produção da substância em seus laboratórios, já que não havia evidências de eficácia.

No entanto, uma lei autorizando o uso do medicamento para pacientes diagnosticados com neoplasia maligna chegou a ser sancionada em 2015, mas foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal após pedido da Associação Médica Brasileira por falta de evidências científicas que comprovassem o benefício da substância.

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