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Novo exame de sangue pode prever câncer e outras doenças com 10 anos de antecedência, revela estudo

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Novo exame de sangue pode prever câncer e outras doenças com 10 anos de antecedência, revela estudo

Essa descoberta foi alcançada pela análise de milhares de proteínas presentes no sangue.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Freepik

Uma nova pesquisa publicada na segunda-feira (22) na Nature Medicine revela que um exame de sangue inovador pode prever o surgimento de câncer e outras 66 doenças até 10 anos antes do diagnóstico. Essa descoberta foi alcançada pela análise de milhares de proteínas presentes no sangue.

Os cientistas descobriram que essas proteínas podem antecipar o aparecimento de doenças como mieloma múltiplo, linfoma não-Hodgkin, doença do neurônio motor, fibrose pulmonar e cardiomiopatia dilatada, além de diversas doenças raras. A pesquisa sugere que a análise abre novas possibilidades para prever diagnósticos de uma ampla gama de doenças, incluindo aquelas que podem levar anos para serem identificadas.

O estudo foi realizado através de uma parceria internacional envolvendo a farmacêutica GSK, a Queen Mary University of London, a University College London, a University of Cambridge e o Berlin Institute of Health da Charité Universitätsmedizin, na Alemanha. Utilizando dados do UK Biobank Pharma Proteomics Project, o maior estudo de proteômica até hoje, que analisou aproximadamente 3 mil proteínas plasmáticas de mais de 40 mil participantes.

Os dados de proteínas foram relacionados aos registros de saúde eletrônicos dos participantes. Usando técnicas analíticas avançadas, os pesquisadores identificaram uma "assinatura" específica para cada doença entre as proteínas mais importantes para prever o diagnóstico. Os modelos de predição de proteínas analisados no estudo superaram os modelos tradicionais baseados em informações clínicas, que são o padrão atual para prever o risco de doenças. Além disso, esses novos modelos também se mostraram superiores aos que utilizam contagem de células sanguíneas, níveis de colesterol, função renal e hemoglobina glicada.

Claudia Langenberg, autora principal do estudo e diretora do Instituto de Pesquisa Universitária de Assistência Médica de Precisão (PHURI) da Queen Mary University of London, destacou em comunicado à imprensa a empolgação com a oportunidade de identificar novos marcadores para triagem e diagnóstico a partir das milhares de proteínas circulantes agora mensuráveis no sangue humano. No entanto, ela ressalta a necessidade de validar essas descobertas em diferentes populações, incluindo diversos grupos étnicos e pessoas com e sem sintomas de doenças.

Robert Scott, vice-presidente e chefe de Genética Humana e Genômica da GSK, e coautor do estudo, mencionou que um desafio essencial no desenvolvimento de medicamentos é identificar pacientes que mais se beneficiariam dos novos tratamentos. Ele acredita que esta pesquisa demonstra o potencial das tecnologias proteômicas em grande escala para identificar indivíduos de alto risco para uma ampla variedade de doenças, alinhando-se com a abordagem de usar tecnologia para aprofundar a compreensão da biologia humana e das doenças.

Os próximos passos dos pesquisadores incluem a seleção de doenças prioritárias e a avaliação de sua predição por meio de proteínas sanguíneas em ambientes clínicos.

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