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Herpes genital não tem cura, mas tem tratamento

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Herpes genital não tem cura, mas tem tratamento

Além dos aspectos físicos, o herpes genital pode gerar impacto psicológico

Por CN com Assessoria de Comunicação

Foto: Divulgação

Herpes genital é uma infecção viral, relativamente comum, causada principalmente pelo vírus herpes simples tipo 2 (HSV-2), embora o HSV-1,  conhecido por causar herpes labial, também possa ser responsável.  

“É transmitido principalmente pelo contato direto durante relações sexuais vaginais, anais ou orais, mesmo que a pessoa infectada não apresente sintomas visíveis devido ao fenômeno da “eliminação viral assintomática”,  no qual o vírus é liberado sem sinais aparentes”, explica o Dr. Rodrigo W. Andrade, urologista da HAS Clínica.  

No entanto, a probabilidade de contágio é significativamente maior quando  há lesões ativas, pois a carga viral tende a ser mais alta e o vírus está mais acessível na superfície da pele. Por essa razão, evitar relações durante  surtos visíveis é uma medida importante de prevenção.  

Os sintomas variam entre as pessoas, podendo incluir lesões dolorosas, bolhas ou úlceras na área genital, ou anal, que evoluem para crostas antes  de cicatrizarem. Coceira, formigamento ou dor também podem ser sentidos  antes do aparecimento das lesões, assim como febre, mal-estar e dor  muscular. 

“Vale lembrar que o uso de superfícies como assentos de banheiro e objetos  pessoais compartilhados não representa risco significativo, uma vez que o  vírus não sobrevive bem fora do corpo humano”, diz o Dr. Andrade. 

Já a Dra. Dania Abdel Rahman, coordenadora da infectologia e do serviço de controle de infecção hospitalar do Hospital Albert Sabin (HAS), explica que as lesões  bolhosas ou vesiculares, como são chamadas, aparecem na genitália tanto  masculina como feminina. “Tais lesões contêm o vírus em seu interior, no  líquido, portanto, com o contato sexual ou até com o simples toque, pode se adquirir o vírus e desenvolver a doença”. 

É importante notar que a presença do herpes genital pode aumentar a susceptibilidade a outras doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV. 

O tratamento do herpes visa aliviar os sintomas e diminuir a frequência dos surtos, sendo os antivirais orais a principal opção. Eles podem ser usados tanto para tratar surtos agudos quanto em terapia supressiva de longo prazo para reduzir as recorrências. Cuidados locais, como compressas frias, podem ajudar a aliviar o desconforto durante as crises. “Apesar de não  haver cura definitiva, o manejo adequado permite controle dos sintomas e  minimização da transmissão”, diz a Dra. Dania. 

Além dos aspectos físicos, o herpes genital pode gerar impacto psicológico  devido ao estigma social associado. Pacientes frequentemente  experimentam sentimentos de vergonha, ansiedade e medo de rejeição,  tornando o suporte emocional e o aconselhamento fundamentais no  tratamento.  

Outro ponto relevante é que, mesmo sem sintomas visíveis, o herpes pode  ser transmitido, o que reforça a importância do uso de preservativos e, em  casos específicos, da terapia antiviral supressiva. 

No mais, a frequência e a gravidade dos surtos de herpes podem estar  associadas ao estado imunológico do paciente. Condições como estresse  intenso, outras infecções e doenças autoimunes podem desencadear  episódios mais frequentes ou graves, sendo importante o  acompanhamento médico para um controle integral da condição.

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