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Aumento de casos reforça políticas para prevenção da Aids

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Aumento de casos reforça políticas para prevenção da Aids

Aumento de casos reforça políticas para prevenção da Aids

Por: Camaçari Notícias

No Brasil, são realizadas inúmeras ações anuais acerca da prevenção da Aids, ainda assim pesquisas recentes apontam um aumento significativo no número de infectados com o vírus HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis. A intensificação dos casos se deu nos mais diversos grupos, indicando que as políticas de prevenção para a doença precisam ser repensadas.

Alguns especialistas avaliam que as campanhas realizadas até agora começam a dar sinais de desgaste e ineficácia, especialmente entre os mais jovens. Atualmente, faz-se cada vez mais necessário o diálogo de maneira clara em todas as esferas sociais.

Um sinal de alerta

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Aids, divulgado no ano de 2018 pelo Ministério da Saúde, o aumento é preocupante e se manifesta entre as mais diversas faixas etárias ou recortes de gênero. Pode parecer paradoxal, porém, enquanto o número de mortes pela doença decaiu ao longo dos anos, o número de infectados voltou a causar espanto.

Em apenas 10 anos, o índice de contaminação entre jovens de 15 a 24 anos teve um aumento expressivo de 700%. Alguns especialistas atribuem esses números à ineficácia de campanhas que não mais dialogam com os jovens, sendo que enquanto os mais velhos recebiam o diagnóstico da doença como uma sentença de morte, a geração mais jovem passa a ver esta patologia com outros olhos devido às possibilidades de tratamento.

 

Outro grupo que tem apresentado um índice alarmante de infectados são os idosos, que ainda acreditam que ter uma relação monogâmica é sinônimo de proteção. A falta da realização de testes de HIV ao longo do ano também é o problema, sendo que muitos médicos não solicitam o exame. A faixa etária acima dos 60 anos e especificamente entre as mulheres, apresentou uma variação de 600% entre os anos de 2007 e 2017.

Formas de contaminação

Além disso, é importante reforçar que o contágio não é apenas através da prática sexual. Evite compartilhar materiais perfuro-cortantes e em caso de contaminação da mãe, é necessário um tratamento e cuidados no momento do parto para evitar a transmissão para o bebê. Além disso, mães infectadas com o vírus não podem amamentar, visto que o leite materno também é um meio de contaminação.

Apesar de não ter cura, existem muitos tratamentos para Aids, fazendo com que, apesar do diagnóstico, o indivíduo consiga ter uma vida longa e saudável.

Novas formas de prevenção

Além de reforçar as campanhas, novas formas de prevenção estão sendo estudadas e algumas já foram implementadas. Até pouco tempo, o uso de preservativo era a única maneira eficaz de proteção, porém discute-se cada vez mais o conceito de proteção combinada com outros recursos.

 

A PrEP,  profilaxia pré-exposição, é um medicamento que deve ser ingerido diariamente por indivíduos que não contraíram o vírus, mas se encontram em grupos considerados de risco pelo Ministério da Saúde. Contudo, é necessário reforçar que a ingestão diária da PrEP não exclui a utilização do preservativo, visto que as duas formas apresentam melhor eficácia se combinadas. Além disso, o uso da camisinha também protege contra outras DSTs.

Ainda restrito a alguns grupos, a PrEP tem apresentado bons resultados, com cerca de 90% da redução da transmissão do HIV, sem apresentar nenhum risco para quem toma o remédio. A PrEP é um medicamento antirretroviral que, se já presente no sangue, reduz o risco de contração.

Outra forma de prevenção, a PEP, profilaxia pós-exposição, é um medicamento utilizado em indivíduos que estiveram em situações de possível contágio. O remédio também é um antirretroviral e é distribuído gratuitamente em postos de Serviços de Atendimento Especializado (SAE).

Tabus acerca da doença

O aumento do número de contaminações, especialmente entre os mais jovens, reacende um debate que há muito vem sendo discutido: a educação sexual. De um lado, muitos dos que ocupam as esferas de poder defendem que a família é a responsável por esta conversa e excluem a escola e o poder público. No entanto, especialistas afirmam que é primordial abrir todos os espaços de forma segura e acolhedora para abordar o tema.

Marcado por muitos tabus e mitos, o assunto acaba não sendo discutido de uma maneira que auxilie positivamente para o processo de conscientização e, consequentemente, de prevenção. Algumas pessoas ainda se equivocam com as maneiras que se pode contrair o HIV ou até mesmo acreditam que a contaminação está restrita apenas a alguns grupos.

É importante alertar que todos estão suscetíveis a contrair o vírus. Casais monogâmicos ou indivíduos em relações heterossexuais devem periodicamente procurar por um posto de saúde e realizar os exames necessários.

Outro ponto a ser ressaltado é que o diagnóstico não é o fim da linha. Existem uma infinidade de tratamentos que garantem que o portador do vírus possa viver uma vida plena e voltar a se relacionar com outras pessoas.

Participação : amil empresarial

 

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