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Vírus mayaro, 'primo' do chikungunya, é descoberto no Rio de Janeiro

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Vírus mayaro, 'primo' do chikungunya, é descoberto no Rio de Janeiro

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Por: Pesquisa Web

Vírus provoca sintomas semelhantes, como dores nas articulações.

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciaram a descoberta do vírus mayaro, capaz de provocar sintomas semelhantes ao chicungunha. O vírus pode causar uma epidemia no Sudeste do Brasil. Não há registro da presença do vírus na Bahia.

As características do vírus em pacientes contaminados são semelhantes: dores incapacitantes nas articulações, que podem se prolongar por meses. Não há vacina ou qualquer tratamento específico.

Segundo o jornal O Globo, testes de laboratório mostraram que o vírus pode ser transmitido tanto pelo mosquito Aedes quanto pelo pernilongo comum (Culex ), a muriçoca. Isso aumenta o risco de epidemia, segundo pesquisadores do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, onde o estudo fi realizado, afirmaram à publicação.

Descoberta da zika
A descoberta do vírus da zika por pesquisadores do Laboratório de Virologia da Ufba, em 2015, é destacado por especialistas e veículos de comunicação até hoje, mas, de lá para cá, a instituição esteve à frente de pesquisas importantes com desdobramentos sobre a doença. 

Na época, aos pesquisadores Gúbio Soares e Sílvia Pardi suspeitavam que era algo transmitido por um inseto. Testaram pouco mais de dez vírus para o diagnóstico até chegar a vez da zika. De fato, o trabalho dos dois colocou o laboratório de virologia em um nível internacional – capaz de competir com universidades estadunidenses, inglesas ou alemãs. 

Mas não parou por aí. Os pesquisadores encontraram o vírus da chikungunya no sêmen de um homem adulto, em amostras recolhidas ao longo de um mês, e no leite materno de uma mãe que tinha tido a doença.

“A mãe estava aflita, o pediatra estava preocupado, mas, em momento algum a criança adoeceu”, lembra Soares. 

Atualmente, o grupo tem estudado meningites virais causadas pelo zika vírus. De 260 amostras coletadas no Hospital Couto Maia, 16% tiveram resultados positivos para o vírus. “Isso é muito importante, porque estamos mostrando que o zika vírus também pode causar meningite”. 

O laboratório ainda foi responsável por encontrar o vírus da febre oropouche, que ainda não tinha sido descoberto na Bahia.  Pouco conhecido no Brasil, o vírus é transmitido pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido popularmente como ‘maruim’ e provoca febre, mal-estar e dor de cabeça. Para o professor Gúbio Soares, a situação de restrição orçamentária na Ufba assusta. “A gente não vai poder trabalhar. A gente vai ficar sentado na porta do instituto, sem poder fazer nada”, lamenta. 

Este ano, pesquisadores do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) chegaram a outra importante descoberta: a de que pessoas que tiveram dengue e adquiriram imunidade têm menos risco de contrair o zika vírus. O estudo foi publicado na revista Science, uma das mais prestigiadas publicações acadêmicas do mundo, em fevereiro. Além do ISC/Ufba, a pesquisa contou com a participação da Fiocruz Bahia e da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. 

Os pesquisadores acompanharam 1.453 moradores do bairro de Pau da Lima, em Salvador, entre março e outubro de 2015 e perceberam que 73% das pessoas contraiu o vírus da zika no período de surto da doença. No entanto, o estudo revelou que apenas um terço dessas pessoas manifestou sintomas – e eles foram leves.

"Observamos que as pessoas que tinham tido infecção por dengue, ou, mais especificamente, tinham anticorpos contra dengue, estavam mais protegidas. Esse foi nosso primeiro achado", afirmou na época, o coordenador da pesquisa na Bahia, Federico Costa, professor do ISC. Fonte: Jornal Correio*

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