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Coronavírus: Brasil tem alta de 77% na média de casos e EUA têm recorde de hospitalizações pelo 10º dia

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Coronavírus: Brasil tem alta de 77% na média de casos e EUA têm recorde de hospitalizações pelo 10º dia

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Por: Pesquisa Web

O Brasil tem 168.141 mortes por coronavírus confirmadas até as 8h desta sexta-feira (20), segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. 

Desde o balanço das 20h de quinta-feira (19), somente Goiás atualizou seus dados. Não houve mudança no número de mortes. 

Veja os números consolidados: 

168.141 mortes confirmadas 

5.983.100 casos confirmados 

Na quinta-feira, às 20h, o balanço indicou: 168.141 óbitos desde o começo da pandemia, 644 em 24 horas. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 544. A variação foi de +54% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nas mortes por covid. 

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 5.983.089 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 35.686 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 28.635 novos diagnósticos por dia, uma variação de +77% em relação aos casos registrados em duas semanas. Também aponta forte tendência de alta em relação às duas últimas semanas. 

Testagem em queda 

O Globo destaca que o plano de testagem da covid-19 no Brasil patina. Desde setembro, a quantidade de exames moleculares (do tipo PCR, adequados para fazer diagnóstico) realizados por mês na rede pública está em queda. Mantido o ritmo atual, a meta do Ministério da Saúde, de chegar a 24,6 milhões de testes ainda em 2020, só será atingida em um ano e 10 meses, ou seja, por volta de agosto de 2022. 

Até o fim de outubro, 5 milhões de exames do tipo PCR para covid-19 haviam sido feitos no Brasil nos laboratórios públicos, segundo dados do último boletim do Ministério da Saúde. A média diária de testes processados atingiu o pico em agosto, com 34,4 mil unidades, caindo para 31,4 mil em setembro e fechando outubro com 28,6 mil. 

A previsão do governo, ao relançar o programa Diagnosticar para Cuidar — já na gestão de Eduardo Pazuello —, era de que os laboratórios públicos chegassem à capacidade de 70 mil testes por dia em meados de julho. Especialistas em saúde e em pesquisa são unânimes em ressaltar que uma estratégia adequada de testagem é a principal medida até agora para lidar com a pandemia, ainda que haja estudos promissores sobre vacinas. 

Leitos em São Paulo 

Apesar de defender que a situação da pandemia está estável na cidade de São Paulo e que não há necessidade de aumentar as restrições à circulação, a prefeitura de São Paulo anunciou a abertura de 200 leitos de enfermaria em três hospitais da cidade — Brasilândia, Parelheiros e Bela Vista Irmã Dulce — para o atendimento de casos leves de coronavírus. 

Em entrevista coletiva, o prefeito Bruno Covas afirmou que o aumento de internações registrado nas últimas semanas está dentro dos padrões de oscilação da doença. Para Covas, o momento não é de restringir as regras nem de ampliar as liberações. 

"Não há nenhum número que indique necessidade de lockdown ou de retroceder na flexibilização que já foi feita. Também não é o momento de ampliar [as autorizações]. Temos um mesmo protocolo a ser respeitado, com a colaboração de todos", disse o prefeito e candidato a reeleição. 

Cirurgias em São Paulo 

Após aumento nos casos de contaminação por coronavírus e na taxa de internação de pacientes com covid-19 no Estado, o governo de São Paulo proibiu o agendamento de novas cirurgias eletivas, ou seja, não emergenciais. Leitos dedicados exclusivamente a pacientes com covid-19 (tanto em UTI como em enfermaria) não poderão ser desmobilizados. A medida vale para hospitais públicos, privados e filantrópicos. 

“A elevação da curva [de internações] promove a necessidade de medidas estratégicas”, afirmou secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, durante entrevista do comitê estadual de controle da pandemia. 

Além disso, a reclassificação das regiões do Estado no Plano São Paulo será feita a cada 14 dias, em vez de 28 dias. O plano determina medidas de isolamento mais ou menos rígida conforme uma série de indicadores da pandemia. 

Priorização da vacinação 

A definição de quais públicos serão priorizados na vacinação contra a covid-19 será feita após a conclusão dos testes pelos laboratórios e institutos que estão conduzindo diferentes pesquisas para desenvolver o tratamento. A afirmação foi feita pelo Ministério da Saúde em entrevista coletiva realizada ontem, em Brasília. 

Representantes da pasta apresentaram o que há até o momento de planejamento para a imunização contra a covid-19. O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros, disse que ainda será preciso delimitar como serão destinadas as doses a partir de mais informações sobre vacinas. Também será preciso aguardar a confirmação de registro juntamente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  

OMS contra remdesivir 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse ontem que recomenda contra o uso de remdesivir, o antiviral para covid-19 feito pela Gilead Sciences Inc., após concluir que não há evidências de que o medicamento reduza as mortes ou o tempo de recuperação. 

A OMS disse que um painel de especialistas internacionais que aconselham a agência sobre os tratamentos baseou sua recomendação em dados de quatro ensaios clínicos internacionais que compararam os efeitos de vários tratamentos com medicamentos. 

O remdesivir "não tem efeito significativo na mortalidade ou em outros resultados importantes para os pacientes, como a necessidade de ventilação mecânica ou tempo para melhora clínica", disse a OMS. 

A Gilead disse que o remdesivir é reconhecido como o padrão de tratamento para pacientes de covid-19 hospitalizados por organizações de saúde nos EUA, Japão, Reino Unido e Alemanha, com base em vários estudos publicados em periódicos revisados por especialistas. 

"Estamos desapontados com as diretrizes da OMS que parecem ignorar essa evidência em um momento em que os casos estão aumentando dramaticamente em todo o mundo e os médicos estão contando com o Veklury como o primeiro e único tratamento antiviral aprovado para pacientes com covid-19 em aproximadamente 50 países", disse a Gilead. 

G-20 

Os líderes das maiores economias desenvolvidas e emergentes, que formam o G-20, terão sua cúpula anual neste fim de semana sob pressão para manterem fortes ações nas áreas sanitária e econômica para continuar combatendo a pandemia e seus efeitos. 

Antecedendo a cúpula virtual, presidida pela Arábia Saudita, o Fundo Monetário Internacional (FMI) avisou que a atividade econômica global acelerou desde junho, mas que há agora sinais de que a recuperação pode estar perdendo força onde a pandemia está ressurgindo e de que a crise deve deixar cicatrizes profundas e desiguais. Os Estados Unidos registraram na quinta-feira o maior número de casos de covid-19 desde o início da pandemia e quebraram pelo 10º dia consecutivo o recorde de hospitalizações por causa da doença, segundo a agência de notícias Dow Jones. 

Mais 187.833 pessoas foram diagnosticadas com o Sars-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, segundo dados levantados pela Universidade Johns Hopkins. O último recorde havia sido estabelecido na sexta-feira passada, quando 177.224 novos casos foram registrados em todo o país. 

Além disso, 80.698 pessoas estavam internadas devido à doença ontem, de acordo com o Covid Tracking Project. Este foi o décimo dia consecutivo em que os EUA quebraram o próprio recorde de internações e o primeiro em que o total de hospitalizados superou 80 mil. 

Mais Estados anunciaram restrições para tentar conter a disseminação do vírus, incluindo Rhode Island, New Hampshire e Maine, após um novo surto ter atingido a região da Nova Inglaterra. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, decretou um toque de recolher para condados onde vivem 94% da população. Eles não poderão sair de casa entre 22h e 5h. 

Em Ohio, o Legislativo estadual aprovou uma lei ontem que visa limitar os poderes do governador republicano Mike Ohio de reforçar a resposta à pandemia, em um desafio às medidas mais duras adotadas por ele para restringir a atividade das empresas e a movimentação dos moradores. 

Europa 

Uma pessoa morre por covid-19 a cada 17 segundos na Europa, disse ontem o diretor da OMS para a região, Hans Kluge, alertando que a pandemia continua a ameaçar os sistemas de saúde em todo o continente. 

Kluge afirmou ontem que os 53 países que compõem a região europeia da OMS já registraram mais de 15,7 milhões de casos da doença, sendo 4 milhões deles apenas no mês de novembro, e quase 355 mil mortes. 

Alemanha 

A Alemanha registrou nesta sexta-feira mais 23.648 novos casos de covid-19, um recorde em 24 horas, apesar de as autoridades de saúde terem afirmado nos últimos dias que o país atingiu o platô de infecções em meio ao novo surto. 

A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, se reunirá com os 16 governadores do país na próxima quarta-feira (25) para discutir se o “lockdown” parcial decretado no início de novembro será suspenso ou prorrogado. 

Os governos regionais, responsáveis pela gestão da pandemia dentro do sistema descentralizado de saúde da Alemanha, têm resistido às pressões de Merkel para adotar novas restrições. 

Merkel tem afirmado nos últimos dias que o objetivo do governo é reduzir a taxa de incidência da doença em sete dias para 50 casos por cada 100 mil habitantes. Atualmente, o índice é de 140 infecções por cada 100 mil pessoas. 

Segundo o jornal “Bild”, Merkel quer que as medidas restritivas fiquem em vigor até janeiro. Já os governos estaduais preferem revisar a situação semanalmente. 

Rússia 

A Rússia registou hoje mais um recorde de infeções diárias pelo novo coronavírus, com 24.318 novos casos detectados em 85 regiões do país, de acordo com autoridades de saúde. 

No total, desde o início da pandemia na Rússia, 2.039.926 pessoas adoeceram e 35.311 pacientes morreram. 

Do total das novas infeções registradas nas últimas 24 horas, 5.923 (24,4%) são assintomáticas. 

Também foram contabilizados 461 óbitos e 24.758 pessoas foram consideradas curadas. 

Em Moscou, principal foco da doença na Rússia, o número de novos casos também foi recorde, com 6.902 pessoas infectadas. 

África 

Os países africanos ultrapassaram ontem a marca de 2 milhões de casos da doença. As autoridades de saúde da região alertaram que o continente está “inevitavelmente caminhando” para uma segunda onda de infecções. 

Dados do Centro Africano para Controle e Prevenção de Doenças (ACDC) mostram que 48 mil mortes por covid-19 foram registradas nos 54 países da região. As infecções e óbitos do continente representam menos de 4% do total global. 

Apesar dos números muito inferiores a outras regiões do mundo, como as Américas e a Europa, o CDC da África está fazendo alertas para que a população africana se proteja da “fadiga da prevenção”, à medida que vários países estão relaxando as restrições adotadas para conter o vírus para aliviar os impactos sobre as respectivas economias. 

“Não podemos ceder. Se cedermos, todos os sacrifícios dos últimos 10 meses serão eliminados”, disse o diretor do CDC da África, John Nkengasong, segundo a Associated Press. Ele disse estar especialmente preocupado com a falta do uso de máscaras em alguns países, algo que é extremamente importante. 

China e Coreia do Sul 

China e Coreia do Sul estão adotando novas medidas para conter surtos pontuais de covid-19 identificados nos dois países, que conseguiram controlar com sucesso as novas ondas de infecções após a primeira fase da pandemia. As informações são da agência de notícias Reuters. 

O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Chung Sye-kyun, pediu que a população evite organizar reuniões de fim de ano e limite atividades não essenciais ao ar livre, já que o país está “enfrentando uma crise” com o aumento das infecções. 

A Coreia do Sul registrou 363 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, o terceiro dia consecutivo com mais de 300 contágios confirmados, elevando o total para 30.017. Ontem, entraram em vigor novas medidas de distanciamento social na região metropolitana de Seul. Novas restrições podem ser adotadas se os atuais números não forem reduzidos. 

Na China, as autoridades da cidade portuária de Tianjin, no norte do país, confirmaram oito casos de transmissão local de covid-19 nesta sexta-feira. Cinco pessoas estão apresentando sintomas da doença. 

De acordo com as autoridades, todos os casos foram registrados em um mesmo complexo residencial de Kanhaixuan, que agora foi colocado em confinamento. Toda a região será testada para a doença. Equipes já rastreiam pessoas que estiveram no local e foram expostas ao vírus. Fonte: Valor Investe*

 

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