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Capacete de ventilação é usado em pacientes com Covid-19 na BA e médico fala em redução no tempo de internação

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Capacete de ventilação é usado em pacientes com Covid-19 na BA e médico fala em redução no tempo de internação

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Por: G1

Tomé Rosa foi um dos pacientes que usou o capacete em Itabuna.

Capacetes de ventilação mecânica estão sendo usados há cerca de 15 dias em pacientes com quadros graves de Covid-19, no Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna, sul da Bahia. 

O médico Eric Júnior, coordenador da UTI Covid-19 do hospital explica que o equipamento, modelo conhecido como helmet, funciona como ventilador não invasivo e é composto de um capuz de material transparente, que cobre toda a cabeça do paciente. O uso tem como objetivo evitar a intubação de pacientes com quadros graves de Covid-19. 

"A gente gosta de frisar que a ideia do capacete é que a gente evite a intubação. Se a gente não conseguir evitar, que a gente postergue", explica. 

De acordo com os representantes do Hospital Calixto Midlej, a unidade de saúde é a única que, no momento, possui esse tipo de capacete em Itabuna. O hospital não detalhou quantos capacetes têm no hospital. 

O coordenador da UTI explica que entre os pacientes que tiveram acesso ao tratamento com o capacete foi observada a estabilidade mais rápida da insuficiência respiratória causada pela doença, o que reduziu o tempo de internação dos pacientes. 

“Um paciente em ventilação mecânica vai ficar no ventilador em torno de 15 a 21 dias, é muito tempo. Ele está predisposto às complicações do uso da ventilação, principalmente infecções respiratórias, pneumonia. Diminuindo o tempo de ventilação é um ganho, evitando é ganho maior ainda", esclarece. 

O médico também detalhou sobre o capacete e como ele é colocado no paciente. 

“É um capacete de PVC. Para ele ficar montado, ele precisa estar conectado a um ventilador, é uma ventilação não invasiva. Ele [capacete] vai ser acoplado ao ventilador. A ideia é que o paciente fique com o capacete de uma forma contínua por 48 a 72 ininterruptamente para fazer o efeito de abrir os pulmões”, explica 

Um dos pacientes que utilizou o equipamento no tratamento da Covid-19 foi Tomé Rosa, de 53 anos. Ele passou 24 dias internado no hospital após ser diagnosticado com o vírus. No 16º dia de internação, o quadro de saúde de Tomé se agravou. Para evitar que ele fosse entubado, a equipe médica do hospital optou pelo capacete. 

"Era desconfortável, porque você não usava uma hora ou duas, às vezes passava um dia ou mais dentro do capacete e não respirava da mesma maneira. Mas para mim, foi a minha salvação. Foi Deus e esse capacete que trouxe a minha vida de volta", destaca Tomé, que se recupera da doença em casa. 

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