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Covid-19: Bahia vacina apenas grávidas com comorbidades por recomendação do Ministério da Saúde

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Covid-19: Bahia vacina apenas grávidas com comorbidades por recomendação do Ministério da Saúde

Imunização segue com doses de Pfizer/BioNtech e CoronaVac.

Por: G1

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou nesta quarta-feira (12) que seguirá a recomendação do Ministério da Saúde de vacinar apenas grávidas e puérperas (mães de bebês com até 45 dias) que tiverem comorbidades. A nova indicação foi feita na terça-feira (11).

Ainda na terça, a Sesab já havia anunciado a suspensão das vacinas Oxford/AstraZeneca para esse mesmo público alvo. A medida foi tomada depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que este imunizante não seja aplicado em grávidas.

A Anvisa recomendou a suspensão porque uma gestante, que havia sido vacinada com a Oxford/AstraZeneca morreu no dia 10 de maio. O caso é investigado e ainda não há comprovação de que a morte foi causada pela vacina.

Por precaução, a suspensão foi feita, já que de acordo com a Anvisa, o "evento adverso grave de acidente vascular cerebral hemorrágico foi avaliado como possivelmente relacionado ao uso da vacina administrada na gestante".

Com isso, a Bahia segue vacinando gestantes com doses da Pfizer/BioNtech e CoronaVac. No caso da CoronaVac, as vacinas são aplicadas nas cidades que ainda têm doses. O último lote com 60,2 mil doses da CoronaVac chegou à Bahia no dia 8 de maio. Em Salvador, por exemplo, já não há doses disponíveis deste imunizante.

Já no caso das vacinas da Pfizer, as aplicações estão restritas à capital e outras 12 cidades da região metropolitana de Salvador (RMS). Isso por causa do armazenamento refrigerado. Um lote com 69.030 doses desse imunizante chegou na madrugada de terça.

Inicialmente, todas essas doses ficariam na capital, mas uma reunião com a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) definiu que Salvador ficaria com 20% das doses da Pfizer (cerca de 14 mil), e os outros municípios da RMS com os 80% restantes.

Essas vacinas estão guardadas na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (CEADI), em Simões Filho, e as secretarias de Saúde estão fazendo retirada gradual, por causa do prazo de aplicação de até cinco dias quando o imunizante é refrigerado em temperaturas de 2°C e 8°C.

Grávidas vacinadas com Oxford/AstraZeneca

Em Salvador, ao menos 21 gestantes foram vacinadas com imunizantes Oxford/AstraZeneca, antes da recomendação da Anvisa, mas o número pode ser maior porque algumas grávidas se vacinaram em outros grupos prioritários, como o segmento de profissionais da Saúde, por exemplo.

O secretário municipal de Saúde, Léo Prates, explicou que ele já havia recomendado a imunização de gestantes com doses da Pfizer, mas no dia 7 de maio, quando as 21 foram vacinadas, também tinham doses de Oxford/AstraZeneca nos pontos de imunização.

"Naquele momento, não havia qualquer contraindicação da Oxford/AstraZeneca para grávidas. Eu li, em sites internacionais, que os Estados Unidos estavam vacinando suas grávidas com Pfizer, então eu recomendei para a gente usar esse tipo de vacina aqui, por precaução e segurança. Como alguns pontos tinham Oxford e Pfizer, aconteceu de alguns vacinadores aplicarem Oxford em gestantes".

Desde o início da imunização em Salvador, a Secretaria Municipal de Saúde criou um formulário para que os vacinados informem possíveis reações adversas causadas pelos imunizantes. O endereço é o http://reacoesadversascovid.saude.salvador.ba.gov.br.

"Essas gestantes podem nos notificar, se tiverem alguma reação. Nós estamos prontos para dar todo o atendimento e acompanhamento a essas mamães. Quero também ressaltar e tranquilizar de que ainda não há nenhum tipo de comprovação de problemas causados pela aplicação da Oxford/AstraZeneca. A Anvisa tomou uma medida correta que é, por precaução, suspender a utilização da Oxford enquanto a gestação não termina”.

No caso das grávidas que se vacinaram dentro de outros grupos prioritários, o secretário pediu para que elas notifiquem a prefeitura caso tenham alguma reação adversa. O pedido foi feito porque, como elas não se vacinaram no grupo de gestantes, mas sim em outros segmentos, não conta no sistema a identificação da gravidez.

“Também fomos notificados sobre gestantes que foram vacinadas não como gestantes. Antes da data de abertura para gestantes, elas se vacinaram como trabalhadoras da Saúde, por exemplo. Então, a gente também está abrindo esse canal de ações adversas, para sermos notificados por essas mulheres, que no meu sistema não estão como gestantes, não se habilitaram pelo direito de ser gestantes, foram vacinadas por segmento profissional e para isso precisamos da colaboração delas.

Ao todo, até a manhã desta quarta-feira, Salvador já havia vacinado ao menos 487 grávidas. Esse dado corresponde às mulheres que foram vacinadas no grupo prioritário de gestantes.

Oxford/Astrazeneca

A vacina Oxford/AstraZeneca é produzida no Brasil em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A eficácia de apenas uma dose desse imunizante é de 76%, o que é considerado uma eficácia bastante elevada e acima do exigido pela Organização Mundial da Saúde, que é de 50%.

O intervalo de aplicação entre as duas doses da Oxford/AstraZeneca é o maior entre todas as vacinas disponíveis no Brasil até agora: três meses.

A Oxford/AstraZeneca não foi testada em mulheres grávidas ou que estavam amamentando. De acordo com a fabricante, esta é uma precaução de ensaios clínicos. A bula da vacina recomenda que o imunizante não seja utilizado por mulheres grávidas, sem que haja orientação de um médico. Confira:

"Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe o seu profissional de saúde se você estiver grávida, amamentando, pensando engravidar ou planejando ter um bebê. Há dados limitados sobre o uso da vacina Covid-19 (recombinante) em mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Seu profissional de saúde discutirá com você se você pode receber a vacina", descreve a bula.

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