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Saúde
Perfil epidemiológico atual evidencia a transmissão oral pela ingestão de alimentos contaminados.
Por Sites da Web
A doença de Chagas, infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, geralmente é transmitida pelo contato com fezes de insetos triatomíneos infectados, como o barbeiro, após a picada. No entanto, o perfil epidemiológico da doença no Brasil tem apresentado mudanças segundo o Ministério da Saúde.
O contexto atual evidencia a ocorrência de casos agudos relacionados à transmissão envolvendo espécies silvestres infectadas pelo parasito e à transmissão oral pela ingestão de alimentos contaminados, principalmente na região amazônica. Há ainda a predominância de casos crônicos decorrentes da infecção em décadas passadas.
O Ministério da Saúde estima que 1,9 a 4,6 milhões de pessoas estão infectadas atualmente no país (1 a 2,4% da população). As informações foram divulgadas em evento realizado nesta quarta-feira (13), em alusão ao Dia Mundial da Doença de Chagas, celebrado no dia 14 de abril.
“A doença de Chagas ainda pode afetar uma população grande de pessoas, mais de 65 milhões de pessoas, sobretudo em países da América Latina, estão em risco para essa doença. Já vencemos muitos desafios, já melhoramos as condições socioeconômicas, mas ainda persiste em função das desigualdades sociais, não só a possibilidade da transmissão habitual, como outras formas de transmissão, como transmissão oral e a questão congênita”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Na transmissão vetorial, o Trypanosoma cruzi é transmitido durante a alimentação do barbeiro. Assim que o inseto termina de se alimentar, ele defeca, eliminando os protozoários que entram em contato com a ferida na pele humana.
O Ministério da Saúde chama atenção para outro modo de transmissão, que consiste na ingestão de alimentos contaminados com os insetos ou fezes triturados, incluindo o açaí, cana de açúcar e sucos de frutas. A doença de Chagas também pode ser transmitida por transfusão de sangue ou durante a gravidez, da mãe contaminada para o filho.
O chefe da Unidade de Doenças Tropicais Negligenciadas e Transmitidas por Vetores da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Luis Castellanos, afirmou que o enfrentamento da doença pelos países envolve três pilares fundamentais: estabelecer alianças, promover e apoiar a pesquisa e demonstrar compromisso.
“Estabelecer alianças devem ser vistas no interior do país e também fora do país, alianças interinstitucionais e intergovernamentais”, disse.
A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, destacou a importância do diagnóstico e tratamento oportunos da infecção. “Para a Fiocruz, a doença de Chagas constitui um grande desafio de saúde pública desde os primórdios da nossa instituição com a incrível descoberta científica de Carlos Chagas”, afirmou. Fonte: CNN Brasil*
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