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Saúde
O Sudeste e o Nordeste lideram o diagnóstico da doença.
Por: Pesquisa Web
(Foto: Getty Images)
O glaucoma, doença que causa a destruição gradativa do nervo óptico, é responsável pelo maior número de casos de cegueira evitável no Brasil e no mundo. Nesta quinta (26/5), Dia de Prevenção ao Glaucoma, é lembrada a importância do diagnóstico precoce. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), no primeiro trimestre de 2022, houve alta no número de exames voltados ao diagnóstico da enfermidade.
Os dados extraídos da base oficial do Datasus apontam um crescimento de 26% no volume de procedimentos realizados nesse período, quando comparado com o mesmo de 2021. Esse aumento reflete a retomada no fluxo de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), que sofreu uma queda durante a pandemia.
De acordo com as informações do governo, foram realizados 1.248.579 exames para identificar o glaucoma nos três primeiros meses de 2022. O número é maior que os registros do mesmo período nos anos 2019, 2020 e 2021.
O presidente do CBO, Cristiano Caixeta Umbelino, justifica o aumento da procura por cuidados relacionados ao glaucoma com as ações de conscientização realizadas ao longo dos últimos anos. “A cada ano, inclusive durante a pandemia, dedicamos o mês de maio à intensificação de ações de conscientização acerca do glaucoma. Além de uma ameaça direta à visão, essa é uma doença silenciosa, por isso, investimos em medidas educativas”, explica.
Dados por região
O aumento na quantidade de testes para glaucoma em 2022 se estende a todas as regiões do país. Em números absolutos, o Sudeste lidera com um total de 562.699 exames contabilizados no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 22% em comparação com o mesmo período do ano anterior (459.711).
O segundo melhor desempenho dentre as regiões ocorreu no Nordeste, que somou 288.452 testes nos primeiros três meses deste ano, com aumento de 34% na produção. Em seguida, vieram o Sul, o Centro-Oeste e o Norte.
Os estados que ficaram no topo da produção ambulatorial no primeiro trimestre de 2022, em termos absolutos, foram São Paulo (377.114), Pernambuco (167.357) e Rio Grande do Sul (117.052). Os desempenhos menos significativos, por sua vez, foram do Mato Grosso (962), Roraima (1.006) e Distrito Federal (1.204).
Todas as unidades federativas do país tiveram variação percentual positiva no comparativo entre os três primeiros meses de 2021 e 2022, com exceção do Distrito Federal (-22%), Amapá (-17%) e Rio Grande do Norte (-13%).
Sobre a doença
O glaucoma surge em consequência do aumento da pressão intraocular. A destruição gradativa do nervo óptico, estrutura que conduz as imagens da retina ao cérebro, é o que causa a perda da visão. Para Umbelino, os exames para aferir a pressão intraocular devem estar na agenda de cuidados clínicos de todos brasileiros.
“O glaucoma é uma doença silenciosa e progressiva. Por isso, reforçamos a importância da realização precoce dos exames para o seu diagnóstico. Embora não tenha cura, o acompanhamento oftalmológico já nas fases iniciais pode garantir o seu controle e livrar o paciente de um quadro de cegueira permanente”, alerta o presidente do CBO.
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia estima cerca de 1,5 milhão de pessoas com glaucoma no Brasil. No entanto, o presidente da entidade aponta que há um grande contingente de casos ainda não identificados. Uma projeção da Associação Internacional de Prevenção da Cegueira (IAPB, do nome em inglês) indica que o total de pacientes com a doença chegará a 112 milhões até o ano de 2040, em todo o mundo. As informações são do Metrópoles*
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