Xangai teme novo lockdown e recomendação é para população estocar alimentos

 (Foto: Ng Han Guan)

Mesmo com o número de casos de covid-19 estáveis, autoridades de Xangai orientou que população estoque alimentos e remédios suficientes para os próximos 14 dias, com temores de um novo lockdown. Ontem, a cidade registrou 42 novos casos da doença, pouco abaixo dos 55 do dia anterior e 59 da segunda-feira.

Apesar do rápido aumento entre as últimas semanas, todos os infectados estão sendo monitorados em quarentenas. O controle, no entanto, não é suficiente para que a cidade tema novas medidas restritivas, incluindo um lockdown.

No início da semana, duas comissões de bairros divulgaram uma carta aberta recomendando o estoque de alimentos e medicamentos, orientação que não causou correria nos supermercados e farmácias.

Em uma rede social, o governo desmentiu o que chamou de “puros boatos”, referente a um lockdown amplo. Mas garantiu que a instrução para estocar alimentos e medicamentos é voltada para “estimular a conscientização das pessoas sobre medidas de prevenção de epidemias”.

Os lockdowns continuam sendo comuns na China, que continua seguindo a política de combater o coronavírus com medidas restritivas duras, conhecida como "covid zero", que tem prejudicado o país comercialmente.

O presidente Xi Jinping, no entanto, é resistente aos afrouxamentos das medidas. O pico de contágios em Xangai acontece após a detecção de uma variante da ômicron, que seria mais contagiosa. Para se prevenir do vírus, 9 dos 16 distritos da cidade estão passando por testagens compulsórias em massa, juntamente com outras áreas onde casos foram constatados.

A capital da Província de Gansu, Lanzhou, entrou em um isolamento total na quarta-feira (13), após registrar 69 novos casos um dia antes, com seus mais de 4 milhões de habitantes recebendo a ordem de ficar em casa. A orientação é que uma pessoa de cada família tem permissão para sair uma vez por dia para a compra de alguns produtos essenciais.

Cerca de 30 milhões de pessoas na China estavam sob alguma forma de restrição para conter a transmissão, mas até agora as autoridades evitaram lockdowns rígidos nas principais regiões econômicas. As informações são do Valor Investe*

Siga o CN1 no Google Notícias e tenha acesso aos destaques do dia.