Augusto Conceição, ícone do samba-junino e da Timbalada, morre aos 57 anos

O músico e maestro Augusto Conceição, figura essencial na história do samba-junino e da Timbalada, faleceu na madrugada desta quinta-feira (10), aos 57 anos. Internado desde o último domingo (6) na UPA de Pirajá, em Salvador, ele vinha passando por um tratamento de hemodiálise.

Filho do respeitado Maestro Vivaldo Conceição, Augusto herdou a veia musical e trilhou um caminho próprio como multi-instrumentista. Com talento natural e um carisma contagiante, rapidamente se tornou um nome de destaque na cena musical da Bahia, assumindo também o posto de maestro. Como compositor, deixou sua marca em sucessos como “Pererê” e “Bug-Bug-Bye-Bye”, ambas criadas em parceria com Dom Chicla e eternizadas na voz de Ivete Sangalo.

Nos últimos anos, Augusto se dedicava ao projeto Samba do Vai Kem Ké, reafirmando seu compromisso com a valorização do samba e da cultura popular. Na Timbalada, sua presença foi determinante: além de trombonista, atuou como cantor, compositor e diretor musical.

Sua voz marcante ecoou em clássicos do grupo, como “Mulatê do Bundê”, “Tá na Mulher”, “Do Itaim Para o Candeal”, “Choveu Sorvete” e “Braseira Ardia” — faixas que se tornaram símbolos da força rítmica e da identidade da Timbalada.

A música baiana se despede de um mestre, cuja obra seguirá viva nas batidas, nos versos e na memória afetiva de quem viveu sua arte.

Siga o CN1 no Google Notícias e tenha acesso aos destaques do dia.