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Greve dos professores da UFBA pode chegar ao fim após negociações com o governo

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Greve dos professores da UFBA pode chegar ao fim após negociações com o governo

A greve dos professores da UFBA começou em 29 de abril.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Shirley Stolze | Ag A TARDE

Após negociações, o movimento que deixou mais de 30 mil alunos sem aulas pode estar chegando ao fim. O governo federal atendeu às reivindicações da categoria, e a Associação dos Professores Universitários da Bahia (APUB) convocou uma assembleia para esta quarta-feira (26), para decidir sobre o encerramento da greve.

O Comando Nacional de Greve, representando os professores das universidades federais, aceitou o acordo proposto pelo governo e indicou que o movimento grevista deve ser finalizado até o dia 3 de julho.

Com o fim da paralisação, estudantes e professores esperam retornar às atividades acadêmicas em breve. “Faremos uma assembleia para definir se a greve continua ou se termina. Após a deliberação, será necessário que os conselhos superiores planejem o retorno das aulas e a reposição do período”, explica Clarisse Paradis, presidente da APUB.

A greve dos professores da UFBA teve início em 29 de abril, quando os docentes decidiram paralisar suas atividades para exigir melhores condições salariais e de infraestrutura. Durante este período, os professores realizaram diversas assembleias, marchas e encontros com representantes do governo para discutir suas demandas.

O processo de negociação teve muitos pontos de discordância entre os docentes e o governo federal. No entanto, um reajuste salarial dividido em duas partes foi acordado: um aumento de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em abril de 2026.

“Tivemos um processo de negociação muito difícil. Parte das nossas reivindicações não foi atendida, mas nas últimas semanas entendemos que tanto o movimento grevista havia chegado ao seu ápice quanto que não era mais possível continuar negociando com o governo”, relata Henrique Saldanha, representante do Comando de Greve da UFBA e professor da instituição.

Além do aumento salarial, houve uma recomposição parcial do orçamento das universidades federais. “Conseguimos uma recomposição que foi uma conquista da nossa greve e, na reta final, conseguimos que o governo revogasse algumas portarias que prejudicavam tanto a carga horária docente quanto nossas progressões”, acrescenta o professor.

“Lutamos junto com os técnicos administrativos, estudantes e reitores por uma recomposição orçamentária que atendesse aos desafios e necessidades das universidades públicas. Conseguimos a aprovação de uma política nacional de assistência estudantil e uma recomposição orçamentária com a inclusão das universidades no Programa de Aceleração do Crescimento”, destaca Clarisse.

O governo se comprometeu a aumentar o orçamento de custeio deste ano em 400 milhões de reais e investir 5,5 bilhões de reais nas universidades até 2026. Além disso, foram anunciadas 5.600 bolsas de permanência para estudantes indígenas e quilombolas.

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