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“Não adianta oferecer apenas pílulas de aulas”, diz criador da TV Enem

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“Não adianta oferecer apenas pílulas de aulas”, diz criador da TV Enem

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Por: Pesquisa Web

Com a suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia do novo coronavírus, diversos alunos passaram a estudar através das videoaulas pela internet. Contudo, levando em consideração que cerca de 46 milhões de brasileiros não possuem acesso à internet, foi criado o ‘TV Enem’, programa voltado para transmitir conteúdo de educação pela TV Alba (canal aberto 61.2; NET 16 e SKY 361.2) e TV Câmara (canal aberto 61.4). 

De acordo com o professor e idealizador do projeto, Ricardo Carvalho, em entrevista na manhã desta terça-feira, 2, no ‘Isso é Bahia’, da rádio A TARDE FM, a TV Enem veio com objetivo de permitir que pessoas que não tenham acesso à internet fixa ou móvel, ou até que não tenha acesso a um computador ou celular, possam ter aulas de qualidade e continuarem estudando para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. 

“A gente tem um projeto pedagógico por trás disso. Não adianta oferecer apenas pílulas de aulas para o Enem. Hoje nós temos 60 professores de todo estado da Bahia, Pernambuco, São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Têm professores espalhados pelo Brasil, mas a base é aqui na Bahia”, explica Ricardo. 

O programa é diário com cerca de 1 hora de duração. Cada programa da TV Enem apresenta cinco professores com cerca de 10 minutos de aula. “Além disso temos os colunistas, que são psicólogos, neurocientistas, jornalistas, por exemplo, com temas da atualidade, comportamento e temas de redação”, comenta. 

Dinheiro público 

Ricardo destaca que o projeto da TV Enem não recebeu dinheiro público para as operações e que não precisa da liberação do Ministério da Educação pra funcionar. Além disso, segundo o professor, se o projeto dependesse do suporte do poder público, ele não conseguiria colocar a TV Enem em prática. 

“A gente fez com que o poder público tomasse conhecimento, mas não se interessou. O que a gente queria era divulgação, não temos dinheiro público e os professores não recebem e nem pagam nada. A TV Alba e TV Câmara oferece o espaço gratuitamente”, alega. 

“Quando o setor público não atende a expectativa, o setor privado e civil se vira e faz acontecer”, completa o idealizador do projeto. 

Futuro 

Segundo Ricardo Carvalho, a expectativa é que a TV Enem continue atuando, mesmo após a pandemia da Covid-19. 

“Muitas experiências que vivemos agora vão ser perpetuadas. Percebemos na pandemia que muitas coisas que fazíamos podem ser substituídas, como uma reunião que pode se tornar online”, disse. 

Com isso, o idealizador espera que, no futuro, possam ser desenvolvidas técnicas onde os alunos interajam de forma mais intensa com os professores. Ele também esperar poder oferecer um suporte maior em relação a redação do Enem que, no momento, está na parte do ensino teórico. 

“A interação nunca é a mesma, mas há possibilidade dessa vivência interativa dentro das plataformas digitais”, finaliza. Fonte: A Tarde*

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