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Lula defende substituição de alimentos caros por alternativas mais acessíveis: 'Povo não pode ser extorquido'
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Em entrevista a rádios da Bahia, Lula elencou 'motivos' para os preços terem subido nos últimos meses, mas não apontou medidas de curto prazo para reverter situação.
Por G1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (6) acreditar que o Brasil precisa passar por um "processo educacional" para que os consumidores aprendam a desviar de preços mais altos no supermercado e substituir aquela compra por produtos similares.
A inflação nos alimentos da cesta básica vem preocupando o governo nos últimos meses. Em entrevista, Lula creditou a alta ao dólar, à gestão do Banco Central e ao aumento das exportações, mas não indicou medidas no curto prazo capazes de frear esse aumento.
"Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver a consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque, senão, vai estragar", disse Lula em entrevista a rádios da Bahia.
"Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro. É necessário que a gente faça isso. O povo não pode ser extorquido. A pessoa sabe que a massa salarial cresceu, que o salário aumentou, aí aumenta o preço. Não, é preciso ter responsabilidade, emendou.
As 'causas' da inflação
Na entrevista, Lula elencou três motivos que, na visão dele, levaram à inflação dos alimentos registrada nos últimos meses:
A alta do dólar;
A condução da política monetária pelo Banco Central;
O aumento da exportação dos produtos.
"Esse é um problema que me persegue desde que eu trabalhava no chão de uma fábrica. Toda vez que a inflação cresce, o alimento cresce, o trabalhador que vive de salário é quem paga o preço alto. Na medida em que a gente aumenta o salário mínimo acima da inflação, aumenta a massa salarial, temos que compensar com uma redução do preço dos alimentos", afirmou Lula em entrevista a rádios da Bahia.
"Tivemos um aumento do dólar porque tivemos um Banco Central totalmente irresponsável, que deixou uma 'arapuca' que a gente não pode desmontar de uma hora para outra", disse, em referência à gestão de Roberto Campos Neto.
Lula conviveu, na primeira metade do mandato, com um presidente do BC indicado pelo governo Jair Bolsonaro e com mandato fixo. A relação foi de verdadeira batalha, porque coincidiu com a alta dos juros básicos da economia para conter a inflação – o que também prejudica o crescimento da economia.
Em janeiro de 2024, o comando do BC passou às mãos de Gabriel Galípolo, indicado por Lula. Mas o ciclo de alta dos juros continuou. Em resposta, Lula afirmou que Galípolo não poderia "dar um cavalo de pau" na gestão do Banco Central – ou seja, teria de adotar mudanças mais lentas.
Crédito
Lula afirmou que "nos próximos dias" anunciará novas medidas para incentivar o crédito no país. O presidente não detalhou o que será feito pelo governo, mas repetiu que é preciso fazer com que o dinheiro chegue na mão dos trabalhadores e dos micro e pequenos empresários.
"Ao invés de a gente ficar discutindo macroeconomia, a gente tem que discutir microeconomia, porque é ela que faz a coisa acontecer. Um cidadão que pega US$ 1 bilhão nem sempre ele investe no ano seguinte. Um cidadão que pega 10 conto [R$ 10 mil] ele vai investir. O cidadão que ganha R$ 1 mil vai para o supermercado comprar o que comer. E isso que movimenta a economia. É isso que estamos fazendo sem esquecer que precisamos financiar os grandes para que a macroeconomia cresça", disse.
Lula afirmou que pretende deixar o governo com a marca do "crescimento, distribuição de renda e inclusão social".
Pesquisas
Questionado se disputará a reeleição, Lula afirmou que é cedo para discutir o tema, mas frisou que, se depender dele, "o negacionismo não voltará".
Sem citar o nome de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, Lula declarou que venceria uma disputa contra o ex-presidente.
"Se esse cidadão acha que vai voltar, ele pode tirar o cavalo da chuva, que quantas vezes ele for candidato, quantas vezes eu vou derrotá-lo", disse.
Lula também minimizou o impacto de pesquisas de opinião sobre a corrida presidencial de 2026.
"Temos que dar tempo ao tempo, a pesquisa de verdade começa a fazer efeito a partir do momento em que a campanha começa", declarou.
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